Num estudo do Portugal Football Observatory conclui-se que na Liga 3 há mais jogos equilibrados.
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Criada pela Federação Portuguesa de Futebol em 2021/2022, a Liga 3 é o campeonato sénior masculino mais competitivo em Portugal, segundo uma análise levada a cabo pelo Portugal Football Observatory.
A comparação foi feita com a Liga Bwin, Liga SABSEG e Campeonato de Portugal. Além de registar mais jogos equilibrados, a Liga 3 é, também, a única competição que não teve jogos muito desequilibrados.
Para chegar a esta conclusão, a unidade da FPF definiu três categorias de resultados: equilibrados (empate ou diferença até dois golos), desequilibrados (diferença de três ou quatro golos) e muito desequilibrados (diferença de cinco ou mais golos). Deixando de fora a Liga Revelação, onde não há promoções e despromoções -, a comparação foi feita com a Liga Bwin, Liga SABSEG e o Campeonato de Portugal e a diferença é considerável.
Na Liga 3, na edição da temporada passada, realizaram-se 341 jogos, sendo que 95 por cento - que corresponde a 325 partidas -, foram consideradas equilibradas. Neste caso, os resultados mais frequentes foram o 1-0, 2-1 e o 1-1. Os restantes cinco por cento são os jogos (16) considerados desequilibrados.
Já a Liga Bwin teve 85 por cento de jogos equilibrados (260 de 306 jogos), uma percentagem ligeiramente inferior à Liga SABSEG, onde foram registados 90 por cento (276 de 306 jogos) de partidas equilibradas, mostrando, assim, que também há mais competitividade no segundo escalão.
No caso do Campeonato de Portugal, prova que não entra no lotes das competições profissionais, a percentagem de jogos equilibrados é de 88. Mas curiosamente, esta prova, de onde são apurados os clubes para a Liga 3 (mais os despromovidos do segundo escalão), também teve um aumento de competitividade em comparação com a temporada 2020/21, onde se registaram 85 por cento de jogos equilibrados.
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No entanto, nestas três provas, há registo de jogos muito desequilibrados, ao contrário da Liga 3 que não registou nenhum. Na Liga Bwin houve nove jogos muito desequilibrados (3 %) e 37 desequilibrados (12 %); já na Liga SABSEG, registou-se um jogo muito desequilibrado (1 %) e 29 desequilibrados (29 %). Por fim, no Campeonato de Portugal, houve 16 jogos muito desequilibrados (2 %) e 75 desequilibrados (10 %). Números que colocaram a Liga 3 no topo da competitividade.
Agora, analisando mais especificamente a Liga 3, e tendo em conta que o formato da prova se divide em três fases, pode concluir-se que, na fase inicial, a série B - que agrega os clubes mais a sul -, foi onde houve maior desequilíbrio, o que aconteceu em 8% dos jogos, mais seis por cento do que na Série A, onde se encontram os clubes do norte. Na fase de apuramento de subida, que contava com dois grupos, na Série 1 houve um jogo desequilibrado em 12 disputados. A série 2, por seu lado, contou com 100 por cento de equilíbrio. Um registo idêntico à fase de permanência/descida que contou apenas com dois jogos desequilibrados: um na série 3 e outro na série 4. As restantes duas séries mantiveram a toada do equilíbrio. Um registo que se repetiu na fase final das decisões.
Fator casa continua a ser preponderante
Na primeira edição da Liga 3 também se pode concluir, através do mesmo estudo, que as equipas a jogar em casa somam mais vitórias: 143, que correspondem a 42 por cento dos resultados.
Com o estatuto de visitante, o número desce para 106 (31%). No que toca a empates, houve 92 (27%). Em relação aos golos marcados, na temporada passada, houve uma média de 2,5 por partida. Já no caso de jogos equilibrados, registou-se uma média de 2,43.
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