Declarações de Jorge Meireles, jovem avançado de 18 anos, aos meios oficiais do FC Porto, após renovar contrato.
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Entre o futebol e a natação: "Comecei no futebol pelas escolinhas aos sete anos. Dos cinco aos dez fiz natação e aos sete fui para o futebol. Porquê o futebol? O futebol dá mais dinheiro [risos] e era o meu gosto. Em casa não brincava com algo relacionado com a natação, era sempre futebol. Meias, luvas, fingia-me de guarda-redes e a minha mãe reclamava tantas vezes comigo, mas acho que nunca parti nada."
Gratidão pelos pais: "Os meus pais sempre me apoiaram. Se cheguei aqui, devo-lhes tudo e não a mim. Claro que me esforcei, mas se não fossem eles a acreditarem em mim e a darem-me tudo o que puderam, hoje não estaria aqui. "
Primeiros tempos: "Ao início tive receio de vir para aqui. Gostava do Paços e dos meus amigos. A minha irmã obrigou-me a vir para o FC Porto, porque ia ser melhor para mim e eu triste, porque não queria deixar os meus amigos, mas aceitei e foi a melhor opção da minha vida. Percebi isso logo no início porque me receberam muito bem, a minha maneira de ser, brincalhão, também facilitou."
Diferenças para o pequeno Jorge: "Era mais traquina, muito mais. Falava muito mais do que falo, e já falo muito. Era um bocadinho pior jogador, agora estou melhor e também melhor pessoa. Foi uma evolução, estar nesta cidade também não foi fácil, porque tinha de vir para a escola e estava longe dos meus pais, mas habituei-me, as pessoas aqui são espetaculares e todas humildes onde quer que vá."
Referências na equipa principal: "A minha maior referência e em quem me revejo mais é sem dúvida o Taremi. Outro jogador de que também gosto, e acho-me um bocado parecido a ele, é o Otávio, pela minha maneira de ser e pelo que vejo dele em campo. Reflito um pouco daquilo que ele é quando estou em campo."
Posição ideal: "Eu quero é jogar, jogo em qualquer posição. Vejo-me mais no futuro como segundo avançado ou número 10, mas já joguei em várias posições neste clube, acho que em todas do meio-campo para a frente. Quando cheguei era lateral e fui avançando. Se um dia for um grande jogador, acredito que será a número 10, mas acho que passar pelas outras posições ajudou-me bastante, principalmente em certos detalhes. Dentro de campo não se tem noção, mas jogar noutras posições faz-nos ver outras coisas que se calhar, a jogar sempre na mesma posição, não se percebe tanto."
O sonho de jogar e marcar pela equipa principal: "Sonho com isso todos os dias. Marcar e começar a correr para os adeptos, atirar-me para cima deles. Acredito nisso, mas tenho de ter os pés bem assentes na terra. Tenho de trabalhar, tenho de crescer, porque jogar numa equipa como o FC Porto é difícil e espero estar preparado para mostrar o meu valor quando isso acontecer."
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