Ordem de trabalhos mais curta. Mantiveram-se os pontos 1 e 2, correspondentes à deliberação dos recursos da sanção de suspensão, por seis meses, aplicada a Manuel Barros, mais conhecido por Manuel do Bombo, e ao antigo OLA Fernando Saúl
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591 sócios votaram a favor da manutenção da pena de suspensão por seis meses aplicada ao sócio Manuel António Pinheiro de Barros, 231 votaram contra e 24 abstiveram-se. No caso de Fernando Saúl de Sousa, 581 votaram a favor da manutenção da pena de suspensão por seis meses, 227 votaram contra, 34 abstiveram-se e houve ainda quatro votos nulos.
Antigo diretor de comunicação do FC Porto questiona quais os valores da dívida bancária e passivo a 31 de dezembro de 2023. Afirma que a Direção só se preocupa com "propaganda" e "limpar a imagem do presidente", dando o exemplo de que se soube que, depois da goleada na Luz, Villas-Boas deu um puxão de orelhas aos jogadores. Pergunta o que há a ganhar com isso.
J. Marques acusa André Villas-Boas de passar informações à imprensa que Pinto da Costa comprou jóias, informação que não se poderia concluir a partir da auditoria.
Acusa também André Villas-Boas de ter escrito um texto para a revista Dragões através de ferramentas de inteligência artificial.
"Estamos a fechar as contas [do 1º semestre] e em fevereiro serão anunciadas, aí já poderá fazer uma comparação da dívida financeira, do passivo… Sobre o aspeto desportivo, estamos evidentemente num momento frágil, nomeadamente no que toca às equipas profissionais de futebol, equipa A e B, temos uma responsabilidade maior que é dar aos sócios o título, é para isso que trabalhamos. Queremos trabalhar estes momentos em momentos bons e enquanto foi possível eu acredito. Estamos sujeitos a um momento desportivo mais frágil, cabe-me a mim essa responsabilidade de liderar e dignificar o clube. Relativamente a informações sobre o jogador Wendell, isso não corresponde à verdade. O jogador tem tido um comportamento exemplar em treino e chegou a acordo comigo sobre dívidas que o FC Porto tinha para com ele. Sobre as informações financeiras que tinha pedido, elas já estão disponíveis online pelo menos há duas semanas, portanto pode verificá-las no portal da transparência."
"Dez anos para ser o suficiente para rever e revelar todas as operações financeiras e danos relativamente a bilhética. Sabemos quais são as pessoas e as quantias gastas nos diferentes lugares. O clube vai até às últimas consequências para ser ressarcido. Auditoria marca fim e virar de página. Não é uma caça às bruxas. É violenta, no entanto quero virar a página e ir até às últimas consequências para o FC Porto ser ressarcido", garantiu Villas-Boas.
"O FC Porto não tem decisão nem interferência nos procedimentos das autoridades policiais no estádio. Foram feitas algumas exposições pelo policiamento excessivo no Dragão."
"O PIP [Pedido de Informação Prévia] está em condições de ser aprovado, a partir daí o FC Porto vai procurar financiamento para o mesmo, as dificuldades financeiras mantêm-se, tentaremos criar um mecanismo financeiro para que se possa suportar os custos."
"Voleibol é a única modalidade que está abaixo do que tem sido o normal nos últimos anos, fruto das muitas mudanças na equipa. O resto está em linha com isso", comparou o presidente.
"O roubo das faixas das claques do Museu foi gravíssimo. Foram implementadas novas medidas de segurança para proteção do Museu e do património que não pertence apenas ao clube", diz Villas-Boas.
Confira algumas partes da intervenção de Fernando Saúl:
-"Estive na assembleia como sócio, não como funcionário. Nunca fiz parte da segurança do clube."
-"Argumentos inverossímeis. O facto de estar a decorrer um processo disciplinar não faz de mim culpado. Tenho a consciência tranquila, não pratiquei nenhum crime."
-"Ninguém me viu a ter um comportamento inapropriado, não pratiquei quaisquer atos que justifiquem a minha suspensão de sócio."
-"Sou inocente e provarei isso em tribunal."
"A auditoria revelou factos relevantes e o FC Porto vai proceder ao contactos com as pessoas e vai enviar ao MP para ser ressarcido", diz Villas-Boas.
"Estão a ser trocadas minutas com a família de Pinto da Costa. O FC Porto tem muito gosto em receber o espólio do senhor Pinto da Costa a partir do momento em que o mesmo seja acordado. Espero que os sócios aceitem a proposta. Há um acordo de confidencialidade, portanto não posso responder diretamente ao que me está a perguntar [sócio perguntou se seria paga alguma verba à família]."
"Wendell tem tido um comportamento exemplar em treino e chegou a acordo comigo para saldar valores que o clube tem em dívida."
"Estamos num momento frágil desportivo, temos uma responsabilidade maior de lhes dar o título nesta época, já tivemos muitos momentos maus e queremos transformá-los em bons. Acredito nisso e penso que é um sentimento comum a todos. Estamos sujeitos a um período mais frágil que não corresponde aos pergaminhos do clube."
"A venda de Galeno cai porque o clube decidiu ir por outro jogador. A transferência tem 10% de comissão prevista para o agente Bertolucci, tal como foi acordado pela Direção anterior."
Especialmente por parte de um sócio, que se retirou da AG, numa situação que provocou protestos de outros associados presentes.
O presidente da MAG diz que cada um terá dois minutos para falar e não vai permitir que esse limite se prolongue.
Discussão de outros assuntos. Estão abertas as inscrições para os sócios tomarem a palavra.
O processo está aberto até às 20h00, mas os sócios dirigirem-se já em massa às mesas de votação.
Segue-se o ponto 2 da ordem de trabalhos, em que será discutida a suspensão de Fernando Saúl. De novo, a relatora do Conselho Fiscal e Disciplinar, Sofia Azeredo, tem 20 minutos para expor o processo.
Sócios que têm tomado a palavra questionam a forma como os processos disciplinares foram levantados e conduzidos, como o facto de Fernando Madureira ter sido notificado por email e por carta para a casa, quando todos sabiam que estava preso. Também se compara a suspensão de Manuel Barros por não estar acreditado na AG de novembro de 2023 à falta de acreditação de João Rafael Koehler, a quem não foi movido qualquer processo. Intervenções vão provocando reações diversas na AG, entre aplausos e protestos.
A AG ainda está no período de pedido de esclarecimentos dos sócios sobre a suspensão de Manuel Barros. No entanto, as intervenções não se têm incidido sobre o tema, pelo que António Tavares se vê forçado a interceder. Relembra que há 30 minutos para discutir outros assuntos no último ponto da ordem de trabalhos e apela a que se respeite isso.
Seguem-se pedidos de esclarecimento dos sócios. Cada um tem cinco minutos para falar.
Presidente da MAG teve de fazer alguns apelos à calma, perante trocas de palavras entre associados. Há alguma impaciência perante a demora na exposição dos pedidos de esclarecimento.
Manuel Barros, mais conhecido por Manuel do Bombo, e Fernando Saúl já entraram. Advogada deste último, Cristiana Carvalho, demonstrou confiança na anulação da suspensão, em breves palavras antes de entrar.
Relatora explica que Manuel Barros iniciou a exposição do recurso, documental e através do advogado, com ofensas e insultos ao Conselho Fiscal e Disciplinar.
Angelino Ferreira, presidente do Conselho Fiscal, terá 20 minutos para abordar o processo relacionado com Manuel António Barros, que recorre da suspensão de seis meses que lhe foi aplicada. Francisco J. Marques, antigo diretor de comunicação, é um dos que se inscreve para falar.
102 sócios a favor, 329 contra e 31 abstenções.
285 sócios votaram contra, 106 a favor e ainda 64 abstenções.
Outro sócio pede que saia um conjunto de pessoas dos camarotes. Presidente da MAG explica que são pessoas de apoio ao processo de votação e que estão fora da votação.
Um sócio pede que Antero Henrique seja alvo de uma auditoria e que a mesma também se estenda a Angelino Ferreira.
Um sócio pede o adiantamento da Assembleia Geral pela ausência de vários envolvidos nos processos de suspensão. A assembleia vai votar.
Lida a convocatória e o despacho pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral, abre-se a ordem de trabalhos.
Zona na plateia praticamente cheia.
Que tem lugar no Dragão Arena. Votação pode ser feita até às 20h00.
A ordem de trabalhos da Assembleia Geral Extraordinária do FC Porto, marcada para as 9h00 de hoje, ficou oficialmente mais curta. Ontem, através de um despacho publicado no site dos dragões, o presidente da MAG, António Tavares, confirmou o adiamento da deliberação dos pontos 3, 4, 5 e 6, referentes aos recursos apresentados por Vítor Oliveira “Aleixo”, Vítor Silva “Catão”, Sandra Madureira e Fernando Madureira da pena de expulsão aplicada pelo Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) do clube. Um cenário que O JOGO havia antecipado na edição de dia 15 e foi carimbado pelo órgão portista.
A Assembleia Geral de hoje será a segunda reunião magna realizada sob a alçada da Mesa presidida por António Tavares. A primeira teve lugar a 23 de novembro último e motivou um balanço positivo no que concerne à segurança, pelo que, esta manhã, a fórmula a seguir será semelhante. Haverá agentes da PSP no exterior do Dragão Arena, que só serão chamados ao interior em caso de necessidade. Dentro do pavilhão estarão, isso sim, elementos de uma empresa de segurança privada, a zelar pelo normal funcionamento da AG.
Por outro lado, mantêm-se os pontos 1 e 2 da ordem de trabalhos para hoje, correspondentes à deliberação dos recursos da sanção de suspensão, por seis meses, aplicada a Manuel Barros, mais conhecido por Manuel do Bombo, e ao antigo OLA Fernando Saúl. De referir que a MAG admite a presença dos mandatários destes dois associados na assembleia de hoje “para efeitos de assistência jurídica”. “O associado não pode incumbir outrem de exercer os seus direitos pessoais”, ressalva o despacho, que recorda que o processo de votação será supervisionado por dois membros suplentes da MAG. A fechar, haverá tempo para discutir assuntos de interesse para o clube, o que poderá trazer à baila temas como o momento desportivo do FC Porto e as conclusões da auditoria forense.
Com o antigo líder dos Super Dragões em prisão preventiva, Catão em prisão domiciliária e Sandra Madureira e Aleixo impedidos de frequentarem recintos desportivos, a MAG considerou as ausências justificadas e, perante a impossibilidade de marcarem presença na reunião magna, a alternativa lógica passou por adiar estas deliberações para uma AG futura - quando as instâncias judiciais permitirem -, até para evitar eventuais nulidades. O casal Madureira e Aleixo ainda avançaram com requerimentos para poderem comparecer no Dragão Arena, mas estes foram rejeitados pela juíza do processo “Pretoriano”. Já Vítor Catão tentou suspender a reunião magna, sem sucesso. “Fica precludida a intenção de suspensão da AGE em virtude de ausência de um (ou mais) requerente(s), já que a mesma prosseguirá para apreciação dos pontos relativos aos requerentes que possam estar presentes”, pode ler-se no despacho.