O internacional angolano Mateus tem mantido o contacto diário com os seus familiares e tem noção de que "as coisas não estão nada fáceis" no seu país. A solidariedade dos compatriotas dá-lhe confiança.
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Quando o assunto é futebol, Mateus esboça um rasgado sorriso, dando a entender que está sempre pronto para entrar em campo. Agora que a crise pandémica de covid-19 obriga ao confinamento em casa, privando-o do cheiro da relva, o extremo engendrou formas de driblar os impedimentos e de se manter informado com o que se passa cá fora e, particularmente, em Angola, onde se encontram as suas raízes.
Mateus cumpre o plano de treinos caseiros "com muita brincadeira com as crianças e lendo muito - jornais e livros online". Se a leitura é um hábito que o tem ajudado a passar o tempo, na atividade física o cuidado tem sido extremo, como de costume, como se nota na frescura com que joga, aos 35 anos.
Esta é, porém, a faceta mais tranquila no seu quotidiano. Há uma preocupação maior no pensamento do internacional angolano, que à distância observa a evolução da pandemia no seu país natal. "Tenho acompanhado as notícias todos os dias sobre a covid-19 e tenho a noção de que as coisas não estão nada fáceis. Mas a maioria do povo tenta ajudar de alguma maneira a combater este vírus, para que todo o pessoal que está na linha da frente possa respirar um pouco", conta a O JOGO. O coração de Mateus bate mais intensamente quando o assunto se centra nos seus familiares.
A ansiedade é mitigada "em contactos diários para saber como estão". As informações que lhe chegam diretamente e pelas notícias nas plataformas digitais têm-no ajudado a sossegar-se. "Apesar de se registarem poucos casos de infetados, penso que o governo angolano tomou medidas para controlar a situação antecipadamente, para não permitir que o vírus se propague muito", disse.
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