Theodoro Fonceca foi rápido na resposta a António Salvador... e não foi meigo. Acusa o presidente do Braga de mentir e de ter prejudicado o Marítimo na transferência de Dyego Sousa.
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"É um mentiroso compulsivo! Ofendeu-me e insultou-me em minha casa e o sr. Joaquim Oliveira e a sua esposa são testemunhas", afirma Theodoro Fonseca, reagindo às declarações de António Salvador, na sequência dos incidentes de sábado ao fim da tarde, pouco antes do particular entre o Portimonense e o Braga. "Eu não ando com seguranças. Cheguei ao estádio na companhia de Joaquim Oliveira e da D. Irene, sua esposa, que convidei para assistirem ao jogo. Já lá estava António Salvador, que cumprimentei e até lhe dei uma garrafa de água. Aos poucos, começou a insinuar isto e aquilo, mas nem o levei a sério e brinquei com a situação. Falámos do Tormena [jogador que atuou no Portimonense por empréstimo do Gil Vicente e que estaria apalavrado para continuar, mas que acabou por rumar ao Braga], mas até aí tudo normal. Depois, a propósito do Dyego Sousa, começou a gritar, proferindo asneiras e insultando-me", conta o acionista maioritário da SAD dos algarvios.
"Mas alguém acredita que o Dyego Sousa, cujo valor de mercado é de 15 milhões de euros e interessava ao Benfica e ao FC Porto, seja vendido para a China por 5,4 milhões? Isso é que a Liga deve investigar", prosseguiu Theodoro Fonseca. "Ele [Salvador] deve ter ficado muito chateado por o Portimonense estar a negociar o Paulinho por 10 milhões para o mesmo clube chinês", disse ainda, revelando que o Marítimo e o Portimonense são partes interessadas no negócio, uma vez que têm 50 por cento dos direitos do internacional português. "Se alguém está a vigarizar o Carlos Pereira [presidente do Marítimo] é ele, quando oferece 25 por cento da venda. Depois falei-lhe dos negócios do Fransérgio e do Raúl Silva e ele ficou muito nervoso".
O confronto verbal subiu de tom, mas, "ao contrário do que diz Salvador, nunca lhe toquei". "Ele continuou aos gritos e fugiu até chegar perto de um dos seus seguranças. Sou das pessoas mais hospitaleiras do futebol português, dou-me com todos os clubes e todos os presidentes, nunca tive problemas com ninguém. E pergunto: se o tivesse agredido, haveria jogo? É um mentiroso compulsivo. Chegou a dizer "esse brasileiro está a gozar comigo", ofendendo-me na minha própria casa. Joaquim Oliveira, que o tentou acalmar, ofereceu-se logo como minha testemunha", garante o empresário.
À baila, durante a discussão, veio ainda o chileno Villagrán, que o Braga foi buscar ao Varzim para os sub-23. "Você enganou-me! Esse não joga nada", atirou Salvador, segundo conta Theodoro. "É um homem que faz mal ao futebol português. Eu nunca briguei com ninguém...e ele? Tentou aproximar-se do Portimonense no G15, tentou levar Fabrício, Dener e Lucas daqui, e agora vem com estas ofensas! Que prove as insinuações de que sou presidente do Penafiel e do Varzim. Quem faz negócios obscuros é ele", conclui Theodoro Fonseca.
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