Miguel Ribeiro, presidente da SAD do Famalicão, dissecou as razões que explicam a quebra abrupta do Famalicão na Liga NOS, face à temporada passada
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Temporada atual: "Fizemos o melhor que conseguimos no verão. Nenhum jogador do que contratámos em janeiro estava disponível no verão. Esta até foi a época em que mais jogadores se mantiveram desde a criação da SAD. Nunca tivemos duas vitórias seguidas e é muito mais fácil construir uma equipa sobre bons resultados. Na anterior, estivemos oito jogos sem ganhar, mas tínhamos conseguido sete vitórias e um empate no arranque do campeonato que davam outro conforto. Esta é uma SAD com dois anos e meio de vida e o último ano e meio foi passado em processo de covid-19. A época terminou muito tarde, foi reduzida e tivemos de fazer uma equipa num curto espaço de tempo. Perdemos jogadores todas as semanas e faltou-nos uma base que pudesse suportar este momento. Além disso, a falta de adeptos torna a adaptação dos jogadores muito mais difícil". O mercado nunca teve planteis a começarem a temporada com 30 ou mais jogadores que ficaram assim até janeiro para verem o que acontecia em relação às paragens e ausências por covid. Foi o mercado mais difícil da minha carreira."
Diferença no desempenho dos reforços: "Falta de experiência na Liga NOS? O Pedro Gonçalves quando foi contratado também não a tinha, nem o Gustavo Assunção, o Nehuén Pérez ou o Toni Martínez. Perdemos jogadores nucleares semanalmente esta temporada e com os adeptos na bancada ganharíamos mais pontos que nos estão a fazer falta e que nos poderiam colocar a meio da tabela a olhar para cima. É um problema de estabilidade de resultados. Esta instabilidade desportiva afeta muito mais quem chega."