Guarda-redes do Feirense marcou golo que pode ir para o Guinness: "Melhorou muito o jogo de pés"
Golo do guardião ao Moreirense terá superado a distância do pontapé de Tom King, do Newport County. Este foi o primeiro golo de Arthur Augusto. Pedro Bairrada, treinador de guarda-redes que o orientou na Oliveirense, contou a O JOGO que o brasileiro já tinha o hábito de bater bolas longas.
O primeiro golo de Arthur Augusto na carreira pode fazê-lo entrar diretamente para o livro Guinness World Records, como o remate certeiro conseguido a uma maior distância da baliza por um guarda-redes. Contra o Moreirense, o guardião feirense bateu um pontapé de baliza a cerca de 96,1 metros da linha de golo de Kewin, tudo apontando para que bata o recorde de Tom King, guarda-redes do Newport County, clube do quarto escalão inglês, que meteu a bola na baliza do Cheltenham Town com um pontapé de 96,01 metros, a 19 de janeiro de 2021.
Apesar do gesto ser o mesmo, as dimensões do campo onde atuava o guarda-redes inglês (101,6m) são menores do que as do Marcolino Castro (102m). O lance será agora analisado pelos responsáveis do Guinness.
Ontem, Arthur manifestou satisfação, nas redes sociais, pelo momento memorável. "É uma mensagem que nunca pensei escrever, mas estou encantado com o meu primeiro golo da carreira. Mesmo não conseguindo a vitória, seguimos por mais", escreveu o brasileiro, de 22 anos, que chegou a Portugal pela porta da Oliveirense, onde foi treinado por Pedro Bairrada.
"O Arthur foi dos guarda-redes com quem tive mais prazer a trabalhar. Teve uma evolução fantástica, começou como terceira opção e acabou a época a titular", recordou o treinador de guarda-redes que na época passada esteve no Trofense. "Tem uma margem de progressão enorme e potencial para chegar à I Liga".
Sobre o golo, constata que são lances raros: "Depende do modelo da equipa, se sai sempre a jogar curto. Já não se treina tanto. Vejo muitas vezes o Feirense a alongar e ele está a melhorar nesse aspeto".
Melhorou com os pés e no ar é top
Pedro Bairrada, antigo treinador de guarda-redes da Oliveirense, durante dez épocas, viu sempre qualidades em Arthur, embora no início o brasileiro tenha sentido dificuldades de adaptação.
"Melhorou muito o jogo de pés, o esquerdo praticamente não pontapeava uma bola. Ao nível da concentração ainda pode ser melhor e tem de rever o excesso de confiança, pois em termos de agilidade e jogo aéreo é excelente".
Bairrada comparou-o a Rodrigo Moura, que foi do Águeda para o Trofense e este ano chegou ao Chaves, da I Liga, escalão onde, acredita, Arthur chegará um dia.