Lisboetas pressionam TAD e FIFA, exigindo 45 M€ pela rescisão, após invasão à Academia. Jogador terá ido rubricar novo contrato em 2018... e desapareceu do radar verde e branco
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O caso de Rafael Leão não passa pelo estreito do Sporting, que está empenhado em ser ressarcido o quanto antes pela rescisão unilateral do dianteiro, que rumou ao Lille, após a invasão à Academia.
SAD leonina quer resolução rápida e tem caso forte - com uma testemunha-chave - contra o avançado, que foi vendido pelo Lille ao Milan
O processo conheceu agora um novo capítulo, com o jovem avançado a ser transferido para o Milan a troco de 35 milhões de euros (ver página 24). Os leões anunciaram ontem em comunicado estarem empenhados em "lutar por fazer valer os seus direitos nas instâncias competentes e, sobretudo, junto da FIFA". O JOGO sabe que o caso do Sporting contra o jogador de 20 anos é forte, havendo mesmo uma testemunha-chave.
Os lisboetas apostam forte na resolução rápida deste caso, vendo no mesmo uma potencial fonte de receita a curto prazo, além da possibilidade de negociar Bruno Fernandes. Recorde-se que, aquando da transferência para o Lille, os leões reclamaram 45,2 milhões de euros acrescidos de juros, indemnização suportada em prejuízos causados pela cessação ilícita do contrato de trabalho desportivo.
O Lille e Rafael Leão interpuseram então requerimentos para que a FIFA se declarasse incompetente ou suspendesse o processo na pendência da ação junto do TAD - a FIFA acabou por indeferir tais pedidos, remetendo a decisão sobre essa matéria para a deliberação final. Importa frisar que o Lille conseguiu a viabilidade financeira suficiente para contratar Rafael Leão graças à participação do fundo Elliott, que detém 50 por cento dos dogues... e 100 por cento do Milan.
Rafael Leão foi transferido do Lille para o Milan por 35 M€. O fundo Elliott tem tudo a ver com isto: tem participação de 50% nos franceses e de 100% nos italianos
Segundo informações recolhidas pelo nosso jornal, existe no processo uma testemunha importante, a qual relatou que Rafael Leão esteve nas instalações da SAD ainda presidida por Sousa Cintra para acertar o regresso ao Sporting rubricando novo vínculo (a exemplo de Bruno Fernandes, Dost e Battaglia).
Contudo, o atleta já teria um acordo escrito com o Lille, clube que teve uma necessária injeção de capital no dia seguinte ao encontro acima referido, e o atleta viajou depois para França e assinou pelos dogues.
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O desconforto no seio da estrutura leonina acentuou-se por se entender que os seus serviços jurídicos não terão atuado com a celeridade necessária neste caso, além de não se exercer pressão pública, o que ontem, contudo, veio a suceder. Dúvidas levantaram-se também sobre o facto de passado mais de um ano não haver um princípio de resolução entre Sporting e Lille, além de o próprio TAD não ter ainda chegado a uma conclusão.
A expectativa leonina passa por uma deliberação rápida, a tempo de lhe fornecer argumentos financeiros ainda durante esta janela de mercado.