Bruno de Carvalho, o risco de insolvência e a garantia de que não chegaram propostas
Presidente do clube leonino falou aos jornalistas na noite desta segunda-feira, dia em que rescindiram quatro jogadores, sendo já seis no total.
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Bruno de Carvalho falou na noite desta segunda-feira aos jornalistas, dia em que rescindiram quatro jogadores, sendo já seis no total. O líder leonino abordou um possível risco de insolvência e outras situações.
"O xeque-mate é exatamente esse, é colocar a dúvida nos sportinguistas se haverá clube ou não. Utilizar os jogadores para isto é inédito no futebol português. Não está a ser benéfico para as contas do Sporting. Por muito resistentes que sejamos, temos de dar as duas alternativas possíveis aos associados e aos ativos que passaram a querer gerir o clube. Uma será pela AG e não será por dez dias que o Sporting sofrerá mais. Outra será pelas cartas. Voltarmos as costas ao Sporting neste momento resolvia o quê? Vender um jogador por dez milhões resolvia algo no momento. Mas isso seria como antigamente, em que se vendia jogadores para pagar ordenados. É isso que querem? Voltar a esse momento?", comentou, garantindo que não chegaram propostas a Alvalade pelos jogadores que saíram.
"Não chegou nenhuma proposta por William, Gelson, Podence e Bruno Fernandes. Houve conversas mas não vi formalização, parece-me, pelo Rui Patrício. Mas temos lido que o Sporting recusou proposta do Gelson... Até dia 15 não renovamos nem vendemos nenhum jogador previsto. Isto é salvaguardar o património do Sporting. Se acharem o contrário, os serviços estão abertos e é fazer a AG destitutiva, ou então quem está por trás disto é fazer um documento e nós demitimo-nos amanhã", continuou.
Apesar de já terem passado os sete dias para Rui Patrício e Podence - os dois primeiros jogadores a avançar para a saída - poderem recuar formalmente nas suas rescisões, o presidente dos leões explicou que a porta não está fechada e que estes dois eventuais regressos dependem agora da SAD. "Aqueles sete dias são sete dias em que a SAD não pode recusar [o recuo]. A partir do sétimo dia não significa que não possam voltar, significa que já é uma decisão da SAD. É lógico que, mais cedo ou mais tarde, vão voltar atrás. A partir de sete dias já depende da SAD", vincou.
Bruno foi ainda questionado sobre o que diria em 2011 sobre a situação que o clube atravessa. "Nessa altura o Sporting apresentava prejuízo, vendia património ao desbaratado e não sabia vender jogadores. Está a comparar com cartas de rescisão. Quando formos embora os processos caem, mas porque têm de cair, se chegarem ao fim caem todos. Estes processos de rescisão não vão dar em nada. Deixem-nos gerir o Sporting e seremos um exemplo para o futebol mundial, porque é o futebol mundial que está a ser posto em causa, com o vencedor destas rescisões por não justa causa. O que diria? Estaria ao lado do presidente porque não gosto de chantagens", disse.