Pinto da Costa espera que a fotobiografia seja um estímulo a todos que um dia ficarão na história do FC Porto.
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O livro "Largos Anos têm 14 600 dias", que retrata em fotografias 40 anos de presidência de Pinto da Costa no FC Porto, foi oficialmente apresentado esta tarde, no hall do museu do clube, perante cerca de 100 personalidades e adeptos. A cerimónia contou com a presença de praticamente todos os membros da administração da SAD dos dragões, bem como da família do líder portista, de D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa, autor do prefácio da fotobiografia, e Rui Couceiro, editor da Bertrand.
Convidado a falar um pouco sobre a obra, Pinto da Costa explicou que "ao folhear a prova" que lhe foi apresentada colocou "muitos reparos", porque o que tinha idealizado é que seria "uma biografia das pessoas" com quem teve "prazer de conhecer e conviver". "E tinha, salvo erro, oito páginas com a minha fotografia a todo o tamanho e achei que não era modelo e que tinha de retirar essas páginas, com o acordo do Rui Couceiro", começou por referir, feliz por ver o desejo realizado.
Na hora de escolher as páginas que mais lhe tocam, o presidente do FC Porto apontou "as do prefácio de D. Américo", que conheceu quando o bispo auxiliar de Lisboa ainda era conhecido como "Padre Américo". "Tivemos logo uma empatia e vi que era o prolongamento e substituto do D. António Francisco junto de mim. Por isso, quando lhe solicitaram que fizesse o prefácio e aceitou, ficou honrado. E quando leio essas palavras, sei que são do coração e inspiração do D. António Francisco. É a parte mais importante do livro", vincou.
Para Pinto da Costa, 14 600 dias significam "muitas vitórias", pelo que lhe é "difícil dizer quais são as fotografias" que mais lhe tocam. "É evidente que a fotografia com o Papa João Paulo II e a foto com D. António [Francisco] a receber o Dragão de Honra são especiais, bem como a foto com o D. Américo e Ramalho Eanes, que teve importância neste sucesso de 40 anos, e com aquelas pessoas que já partiram, como Reinaldo Teles e Teles Roxo, que me tocaram e ajudaram muito, e que ficam perpetuados neste livro. Deu-me imensa satisfação que tivessem escolhido tantas fotografias dos que infelizmente não estão connosco", referiu.
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Apesar de o livro retratar 14 600 dias do passado, Pinto da Costa frisou que "há mais dias que virão". "Todos temos de ter a noção que o passado é para o Joel Cleto, grande historiador, não para nós. O passado está no museu. Quem o quiser ver, desloca-se lá e compreende o que é o FC Porto", atirou o presidente dos azuis e brancos, puxando das palavras de D. Américo Aguiar para sustentar que "até as pessoas que não são do Porto dizem ser difícil sair [da região] sem ser portista ou gostar do FC Porto". "O que nos compete é olhar para o futuro. E olhar para o futuro é olhar para o passado, ser digno dele e trazer a juventude e as crianças que precisam de nós para o FC Porto, para que encontrem no desporto outras virtudes que não encontram noutras atividades e vícios", afirmou.
A finalizar, Pinto da Costa agradeceu "a coragem e paciência para tirar as fotos" mencionadas no começo da intervenção, distribuiu parabéns e desejou que "a história relatada fotograficamente seja um estímulo a todos que um dia ficarão na história do FC Porto". "Queria agradecer a todos que nestes 40 anos contribuíram para que estes 14 600 dias pudessem ser mais ou menos bons. A todos muito obrigado", encerrou.
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