
Pepe é uma das referências do FC Porto
AFP
Central do FC Porto falou sobre o segredo para se apresentar a tão alto nível aos 38 anos. Declarações em entrevista à TNT Sports.
Segredos da longevidade: "Gosto de rapadura (um doce). Eu utilizo muito a culinária, principalmente do Nordeste, gosto muito de cuscuz, tenho um amigo que quando vem cá traz-me o mel do sul, que é muito típico da região, e com um mel daqueles estás imune a muitas coisas. É um dos segredos da longevidade. Costumo comer um cuscuz com carne seca. Há coisas da gastronomia brasileira que gosto muito, às vezes a minha mão traz escondido na mala quando me vem visitar".
Futuro: "É óbvio que a minha carreira está mais próximo do final, claro. É um facto, só que não me passa ainda pela cabeça parar. Os meus amigos dizem-me para ser treinador, tirar o curso, mas digo-lhes que não, que sou jogador e quando deixar de jogar é que vou pensar nisso. Obviamente que podia preparar-me para o futuro, mas enquanto for jogador é essa a profissão, que é uma profissão que eu amo. Quando deixar de jogar pensarei no que vou fazer. Tenho contrato por mais dois anos, é óbvio que eu vou tendo uma conversa ou outra com a minha mulher, mas já o fazia quando tinha 30 anos (risos). Sinceramente, nessa altura não pensava chegar aos 38 anos a jogar a alto nível, na Champions."
Aprendizagem e exigência: "Sou uma pessoa que procura aprender muito com as pessoas que estão a meu lado. Aqui, como em todos os clubes, temos os nutricionistas, cozinheiros, os próprios médicos, fisioterapeutas, os preparadores físicos, mesmos os treinadores também me ajudam muito. Costumo dizer que aqui, no FC Porto, a exigência do treino é muito mais forte do que a do jogo. Isso faz com que eu possa estar a um bom nível. A mim cabe-me pensar no que eu posso fazer para prolongar a minha carreira, que é descansar bem, alimentar-me bem e treinar bem. São três pilares que me marcam muito. E dentro de cada um vou-me afeiçoando, consoante a exigência do dia, a exigência do jogo. Em cada três dias estamos a jogar, o que é brutal. As 72 horas de descanso de um jogo para o outro foram feitas para quando vínhamos da seleção para um jogo do clube e isso agora tornou-se uma coisa rotineira. É muito difícil a exigência, além do mais estou num clube para ser campeão, para ganhar e na seleção para ganhar, então a exigência é muito grande. Mas tentamos fazer o nosso melhor, competir sempre para ganhar o máximo de jogos."
