Conceição recorda "vergonha" contra Gil Vicente: "Dos 70 aos 82 minutos, jogou-se um minuto e meio"
Declarações do treinador do FC Porto, em conferência de antevisão à primeira mão da meia-final da Taça de Portugal, contra o FC Porto, agendada para esta quarta-feira (20h45), em Alvalade
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Tempo útil de jogo contra o Gil Vicente: "Somos uma equipa ousada, que pressiona alto, é mais fácil juntar a equipa no terço defensivo e defender à frente da grande área, porque o espaço é menor, mesmo que se cometam erros. São menos visíveis. Quando se quer pressionar alto e defender como fazemos, existem mais espaços nas costas, ficamos mais expostos... Não é preciso nenhum curso para se perceber isso. Houve momentos em que bastou um jogador não fazer o que foi planeado para permitir ao adversário chegar à nossa baliza, mais do que queríamos. São situações identificadas, trabalhadas e retificadas. Temos que ver o contexto. A equipa adversária ficar em inferioridade numérica não tem que ver com o sucesso da outra equipa, neste caso a nossa. Olhámos para o que passou no jogo [com o Gil Vicente]. Empatámos aos 76 minutos, jogaram-se mais três minutos e falei no tempo útil de jogo. Levei um amarelo do árbitro por perguntar como foi possível só oito minutos de descontos. Isto para dizer que, dos 70 minutos aos 82 minutos, jogou-se um minuto e meio. Só naquele período... Temos adjuntos com cronómetro e soubemos. Isto faz com que a equipa adversária, em inferioridade, tenha vantagem. É uma vergonha, uma vergonha. Não se torna mais fácil. Jogar contra dez é melhor, não há dúvida, mas temos de olhar para o contexto e não de uma forma simples e básica. Temos quatro empates na Liga, não devíamos ter nenhum. Devíamos ter só vitórias."
Tática do Sporting à espera: "Não posso controlar o que o adversário vai fazer em termos estratégicos. Estruturalmente, a equipa não muda. Estamos preparados para a situação do Sporting jogar com dois avançados."
Eventual gestão: "Temos que olhar para quem está melhor e perceber qual o onze que nos pode dar garantias para ganhar o jogo. Não é uma gestão a pensar no Paços, mas sim por causa do momento dos jogadores."
Apelo à inteligência emocional: "Tenho um grupo de trabalho experiente. Até os jovens estão habituados a estes palcos. Ninguém quer ver repetido o que se passou no Dragão. As pessoas entenderam, entendem e não preciso de estar com grandes alertas. Temos pouco tempo para preparar verdadeiramente o jogo dentro das quatro linhas. São situações desagradáveis aquelas que aconteceram. Percebeu-se que foi demasiado."