Calendário aperta e médio escapa às mudanças motivadas pela gestão da fadiga e pelos castigos. Nos últimos 12 jogos do FC Porto, o camisola 25 só não defrontou o Belenenses, por estar suspenso. De resto, atuou do princípio ao fim da partidas, à exceção de Moreira de Cónegos: saiu aos 88"...
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As últimas semanas têm forçado Sérgio Conceição a gerir a fadiga e impedimentos disciplinares, principalmente nos setores intermédio e avançado, mas há um nome que resiste a tudo isto: Otávio.
Nos últimos 12 jogos do FC Porto, desde a receção para o Benfica na Liga Bwin (30 de dezembro), o camisola 25 só falhou a partida em casa do Belenenses, por ter de cumprir castigo. De resto, foi sempre titular e só não chegou ao fim do jogo em Moreira de Cónegos, ainda que tenha sido substituído já aos 88".
Mais do que uma prova de resistência do luso-brasileiro, é uma demonstração inequívoca da importância do jogador na estratégia da equipa, na qual pode assumir diferentes papeis. De início ou em mudanças promovidas no decorrer das partidas, Otávio já passou pelas alas direta e esquerda e pelo eixo do meio-campo, como aconteceu ainda anteontem, diante do Gil Vicente.
A isto também não será indiferente o facto de Otávio ser o elemento mais antigo no plantel, o único que coincide com Sérgio Conceição desde a chegada deste, em 2017/18. Nem sempre o "baixinho" teve esta preponderância, mas foi um crescimento gradual e já muito visível desde as últimas três épocas, à medida que foi aumentando a participação em golos. Neste momento são 16, distribuídas por cinco golos e 11 assistências, já em cima dos máximos que registou em cada um desses itens.
Se na defesa há casos semelhantes de continuidade, no meio-campo e ataque ninguém tem um percurso semelhante ao de Otávio nos últimos tempos, fosse por opção técnica ou forçada por castigos. Por exemplo, Vitinha e Evanilson começaram no banco frente à Lázio e Taremi nem de lá saiu. Em Roma, Fábio Vieira não jogou e, anteontem, saiu do banco aos 67", numa partida na qual Uribe cumpriu castigo.
Mbemba não pára desde novembro
Com uma série maior do que a de Otávio só mesmo Mbemba, que vai em 22 jogos consecutivos sem ser substituído - excluímos a receção ao Rio Ave para a Taça da Liga, pelo caráter atípico desse partida. Porém, o congolês, por ser defesa-central, não está sujeito aos mesmos níveis de desgaste de outras posições, como a de lateral-esquerdo, por exemplo.
Aí, Zaidu, que foi à CAN no início do ano, leva seis jogos consecutivos no 11, mas, frente ao Gil Vicente já foi rendido por Wendell, a quem falta cumprir o último de três jogos de castigo na UEFA.