Miguel Ângelo da Silva Rocha, mais conhecido por Xeka, a alcunha herdada do "pequeno" avô, começou a convencer José Peseiro ainda em agosto. A grande oportunidade chegou agora
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A presença de Xeka no onze inicial que venceu (1-0) o Chaves foi a grande surpresa da noite de segunda-feira; na ausência de Mauro, lesionado, José Peseiro preferiu apostar no médio de 21 anos (faz 22 no próximo mês) em vez de jogadores com mais estatuto, como Bakic ou Luis Aguiar, que nem sequer foram convocados por opção, ou ainda Pedro Tiba, utilizado apenas no tempo de compensação. Xeka estreou-se no campeonato, e logo a titular, depois de também já ter sido opção a tempo inteiro no confronto da Taça de Portugal com a AD Oliveirense.
No entanto, esta ascensão do médio na equipa do Braga começou no final de agosto, durante a primeira paragem do campeonato devido aos compromissos das seleções nacionais; Peseiro chamou-o a treinar com o plantel principal e ficou surpreendido com a qualidade apresentada pelo médio, ao ponto de lhe ter dado a titularidade no jogo particular que os arsenalistas realizaram frente ao Corunha, a 2 de setembro. Xeka ainda regressou à equipa B, onde foi somando minutos na II Liga (11 jogos e um golo), tento trabalhado pontualmente sob as ordens de Peseiro, que voltou a requisitá-lo a tempo inteiro na mais recente paragem do campeonato, que antecedeu a partida com a AD Oliveirense. O médio destacou-se novamente e, por isso, mereceu a titularidade na Taça de Portugal, tendo repetido o estatuto na recente partida com o Chaves. Aos 21 anos, o médio ultrapassou nomes importantes do plantel principal, depois de ter chegado no início da época do Covilhã para reforçar a equipa B.
Miguel Ângelo da Silva Rocha, mais conhecido por Xeka, "roubou" o apelido ao avô materno, em jeito de homenagem. O avô Francisco sempre foi conhecido por Xeka, por ser pequeno, numa alcunha que, com o tempo, se alastrou à mais nova das gerações da família. Ainda adolescente, nos tempos em que andava a aprender a jogar nos escalões de formação do Paços de Ferreira e Gondomar, o médio optou por começar a perpetuar o "nome" do avô nas costas das camisolas que usava. A partir daí, nunca mais deixou de ser o Xeka também no mundo do futebol.