Declarações do treinador do Braga na antevisão ao jogo com o Portimonense, da ronda dez do campeonato e com início às 19h00 de segunda-feira.
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2000 jogos do Braga no principal escalão: "Juntaria a esse facto um apelo aos adeptos do Braga: gostaria que apoiassem fortemente a equipa. Os jogadores têm tido uma atitude espetacular e, por isso, merecem esse apoio. E os adeptos ajudam sempre naqueles momentos em que a equipa quebra. Seria uma vitória de todos, dos adeptos, do presidente, dos dirigentes, dos jogadores e dos treinadores. Gosto, de resto, das equipas comandadas pelo Paulo Sérgio. O Portimonense não tem de modo algum uma atitude defensiva nos jogos. Tem um registo de três vitórias e um empate fora de casa e um desses triunfos até foi no Estádio da luz. É uma equipa atirada para a frente. Esperamos estar à altura do jogo e vamos lutar muito pelos três pontos, embora com os jogadores a precisarem muito do apoio dos adeptos. Nos momentos de maior dificuldade, eles empurram a equipa para a frente. Temos pela frente um adversário muito difícil, muito bem organizado, pelo que estão reunidos os ingredientes para um grande jogo."
Apontado como alvo do Flamengo pela Imprensa brasileira: "Quando vim para o Braga, cheguei a ter um convite firmado com o Flamengo. Optei pelo Braga e não foi por motivos de ordem financeira. Sou do Braga e também levei em conta o contexto da pandemia. A ser verdade esse interesse [do Flamengo], deixa-me muito orgulhoso. É uma recompensa pelo nosso trabalho, mas quero deixar marca no Braga. Foi assim no Sheffield Wednesday, que fez o melhor registo em 50 anos, no Rio Ave, que teve a melhor classificação de sempre [quinto lugar], e no Braga também já deixámos a nossa marca: vencemos a Taça de Portugal, já gravámos o nosso nome. Mas ainda temos mais tarefas para cumprir: há uma equipa para reformular, temos jovens para lançar e ainda temos que potenciar outros jogadores, porque o clube precisa de vender para ser competitivo. Por outro lado, queremos vencer o máximo de jogos para darmos o máximo de alegrias aos nossos adeptos. Estamos muito focados no nosso trabalho. Só que nunca sabemos o dia de amanhã. Parafraseando o Jorge Jesus, os treinadores têm sempre a mala à porta."
O empate do Estoril e o quarto lugar: "O foco fundamental são sempre os três pontos. O que nos interessa nesta altura é perceber bem os pontos fortes do adversário. O Portimonense é, eventualmente, uma das melhores equipas a jogar fora de casa. Vamos jogar com a intenção de ganhar, sabendo que esse resultado nos permitirá alcançar o quarto lugar. Estamos em muitas competições, a lutar pela primeira posição no nosso grupo da Liga Europa, continuamos empenhados na Taça de Portugal e na Taça da Liga está tudo em aberto para chegarmos à Final Four. Estamos a evoluir de jogo para jogo. Viu-se isso no último jogo, durante o qual desperdiçámos várias oportunidades, mesmo a jogar dez contra onze. Amanhã queremos dar um passo em frente no sentido de evoluirmos um pouco mais."
Chiquinho em fase de adaptação: "Não está ainda ao seu melhor nível. Esteve praticamente um ano sem jogar e alguns jogadores têm mais dificuldades em se adaptarem às nossas exigências, que são diferentes. Está numa fase adaptação. Já teve uma boa prestação como segundo médio, mas não tem sido feliz a jogar mais à frente. É muita boa gente, um excelente profissional, e tem de alterar o carreto. Tem de jogar num carreto mais elevado e já lhe lançámos esse desafio. Estamos à espera que o verdadeiro Chiquinho apareça, a qualquer altura. Ele procura desesperadamente o seu melhor. E nós temos que ganhar jogos, pelo que temos de encontrar um ponto de equilíbrio. É uma coisa que tem de passar pelo jogador, não depende da equipa, mas estou certo de que não perdeu o seu valor. Pode contar com o apoio do treinador e dos colegas, agora só depende dele."
A densidade competitiva: "As limitações que temos têm que ver com a densidade competitiva. Estamos a jogar praticamente de três em três dias e isso faz toda a diferença. Mas é isto que nós queremos e foi para isso que tanto lutámos na época passada. Queríamos voltar a jogar na Liga Europa. Temos que assumir essa dificuldade, contando com o apoio dos nossos adeptos. Já em relação ao jogo de amanhã, os treinadores de Braga e Portimonense não olham muito para os adversários. Preocupam-se mais com a identidade das respetivas equipas. O Portimonense, tal como nós, vai-se atirar ao jogo, tentando vencer. E nós temos que elevar também os níveis de eficácia na finalização."
