
As hepatites virais são doenças silenciosas que, se não forem diagnosticadas podem evoluir para patologias mais graves como a cirrose hepática ou o cancro do fígado. No entanto, existem tratamentos eficazes que reduzem o sofrimento do doente e que melhoram a sua qualidade de vida. No Dia Mundial das Hepatites Virais, que se assinala a 28 de julho, assista em direto, no site de O Jogo, à Talk que junta dois médicos especialistas para falar sobre a importância da prevenção, testagem e tratamento.
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Estima-se que existam cerca de 40 mil portugueses com hepatite não diagnosticada. A recomendação dos especialistas é que a testagem seja intensificada e que toda a população possa, através de uma simples picada no dedo, saber se é portadora dos vírus das hepatites B ou C. Na próxima quinta-feira, 28 de julho, data em que se assinala o Dia Mundial das Hepatites Virais, o jornal O Jogo promove uma Talk, em parceria com a Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF), que tem como objetivo alertar para a importâncias destas doenças que são, atualmente, a quarta causa de morte em Portugal. A conversa, que contará com a presença de José Presa, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado, e Luís Nazaré Pereira, Médico Especialista em Medicina Geral e Familiar, será transmitida em direto no site do jornal.
As hepatites B e C, provocadas por vírus, causam danos, muitas vezes irreversíveis, no fígado e provocam outras doenças graves como a cirrose hepática e o cancro do fígado, que podem levar à morte. No entanto, como refere José Presa ao O Jogo, são doenças que têm tratamento e, no caso da Hepatite C, este tratamento garante a cura em 96 a 98% dos casos. Isto significa, para os doentes, que a sua qualidade de vida é devolvida, e que a sua saúde e bem-estar são prolongados.
Na opinião do presidente da APEF, falta, contudo, alguma literacia sobre a doença junto da população, para que todos estejam conscientes da importância destas doenças e do seu impacto na sociedade. "O nosso grande objetivo é que a doença esteja na agenda e que a população perceba que ela exista, mas que é tratável".
Portugal tem, neste momento, um compromisso de redução da prevalência das hepatites virais até 2030, uma meta ambiciosa, apoiada no Programa Nacional para a Eliminação das Hepatites e, na opinião de José Presa, um longo percurso pela frente. Para já, o objetivo é falar sobre o tema, alertar a população para que possa mais ativamente testar-se, e para que a prevenção de novos casos seja também uma realidade. Para os doentes, a grande meta é acelerar os tempos de acesso aos medicamentos que, por vezes, chegam a demorar meses.
