"Não terá sido o tal ataque que gerou a quebra de serviço. Não se pode dar como provado aquele específico facto", disse a procuradora Marta Viegas..
Corpo do artigo
Na sessão de alegações finais do julgamento do caso Football Leaks, que esta quarta-feira decorre no Juízo Central Criminal, ao Campus de Justiça, em Lisboa, a procuradora do Ministério Público, Marta Viegas, admitiu que a análise da prova documental permitiu constatar que "aquando do alegado ataque" ocorrido em 2015 e atribuído na acusação do Ministério Público a Rui Pinto, o sistema informático do Sporting "já se encontrava em baixo".
"Não terá sido o tal ataque que gerou a quebra de serviço. Não se pode dar como provado aquele específico facto", acrescentou.
15597129
O julgamento do processo Football Leaks entra esta quarta-feira nas alegações finais, com três dias reservados no Juízo Central Criminal de Lisboa para as intervenções de Ministério Público (MP), assistentes e defesas dos arguidos Rui Pinto e Aníbal Pinto.
Cerca de dois anos e quatro meses após o início do julgamento, o coletivo de juízes presidido pela magistrada Margarida Alves começou por escutar as alegações do MP, a cargo da procuradora Marta Viegas, que imputa a prática de 90 crimes ao criador da plataforma eletrónica Football Leaks e um crime de tentativa de extorsão ao advogado.
15597104
De seguida, deverão falar em tribunal os assistentes processuais, entre os quais se contam o fundo de investimento Doyen, o Sporting, a Federação Portuguesa de Futebol ou a sociedade de advogados PLMJ, entre outras entidades e personalidades.
Por último, as alegações finais ficam completas com as intervenções das defesas de Rui Pinto e de Aníbal Pinto, que deverão reafirmar a sua contestação às acusações do MP.