Crooks usou uma espingarda comprada pelo pai de forma legal, segundo fontes envolvidas na investigação e citadas pela agência de notícias espanhola EFE.
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Thomas Mathew Crooks, de 20 anos, era um rapaz tímido e alegadamente vítima de bullying, mas ficará para a história como o jovem autor da tentativa de assassinato de Donald Trump com uma espingarda comprada legalmente pelo pai.
Crooks atacou o ex-presidente norte-americano este sábado durante um comício em Butler, na Pensilvânia, deixando-o levemente ferido na orelha direita.
O jovem atirador foi abatido por agentes dos serviços secretos norte-americanos segundos depois de ter disparado cerca de oito tiros a partir de um telhado, a uma distância de cerca de 200 metros.
Crooks usou uma espingarda comprada pelo pai de forma legal, segundo fontes envolvidas na investigação e citadas pela agência de notícias espanhola EFE.
O atacante foi detetado pelas autoridades locais perto dos detetores de metais da Agência de Segurança dos Transportes (TSA) colocados à entrada do evento, segundo fontes citadas pela CNN, que acrescentam que a polícia comunicou por rádio que iria vigiá-lo, tendo essa informação sido transmitida aos Serviços Secretos.
Crooks também foi visto por pessoas que alertaram as autoridades de que havia uma pessoa armada num telhado pouco antes de se ouvirem os tiros.
Residente em Bethel Park, um subúrbio de classe média da Pensilvânia, Crooks conduziu cerca de 70 quilómetros para chegar a Butler, onde se realizou o último comício de Trump antes da convenção republicana que o tornará o candidato presidencial oficial.
Crooks terminou o liceu de Bethel Park em 2022, tendo ganho uma bolsa de 500 dólares pelos seus conhecimentos a Matemática e Ciências. Alguns conhecidos do rapaz dizem que era tímido e que era vítima de bullying. Na escola, sentava-se sozinho durante os intervalos e ao almoço.
Crooks estava filiado no Partido Republicano e iria votar pela primeira vez numas eleições presidenciais em 05 de novembro.
O pai de Crooks é libertário e a mãe era democrata, segundo informações citadas pelo New York Times.
Entretanto, o FBI abriu uma linha telefónica para obter informações, avançando que, até ao momento, não se conhecem as motivações do jovem.
O ataque resultou na morte de Crooks e de um homem que se encontrava sentado na plateia atrás de Donald Trump e que, no momento do tiroteio, terá tentado proteger a mulher e a filha sendo mortalmente atingido pelas balas.
O autor da tentativa de assassínio do ex-presidente e candidato republicano Donald Trump agiu sozinho, revelou hoje a polícia federal norte-americana (FBI), acrescentando que os investigadores ainda não identificaram "qualquer ideologia relacionada" com o atirador.
"Nesta altura, a informação que temos indica que o atirador agiu sozinho", disse Kevin Rojek, agente do Federal Bureau of Investigation (FBI) na Pensilvânia, onde Donald Trump foi atacado, no sábado, durante um comício.
O antigo Presidente, de 78 anos, foi ferido na orelha e retirado com a face ensanguentada, depois de vários tiros terem sido disparados num comício em Butler, na Pensilvânia, provocando a morte de um apoiante e ferindo gravemente outros dois.
O FBI já tinha indicado que se tratou de uma tentativa de assassínio e identificado o autor dos disparos como sendo Thomas Matthew Crooks, 20 anos, de Bethel Park, Pensilvânia, que foi abatido no local.
"Não identificámos qualquer ideologia associada ao assunto da investigação, mas quero lembrar a todos que ainda estamos na fase inicial desta investigação", adiantou Kevin Rojek.
O FBI informou ainda que está a considerar a possibilidade de um "potencial ato de terrorismo doméstico" na sua investigação ao ataque que visou Donald Trump.
"Estamos a investigar esta tentativa de assassínio, mas também estamos a considerá-la como um potencial ato de terrorismo doméstico", afirmou, em conferência de imprensa, o agente do FBI Bobby Wells.
A arma utilizada no ataque, uma espingarda semi-automática, foi comprada legalmente, segundo a mesma fonte.