O ChatGPT apareceu em novembro e foi rapidamente adotado por milhões de utilizadores, impressionados com sua capacidade de responder claramente a perguntas difíceis, escrever poemas e até ajudar a escrever teses.
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As autoridades italianas anunciaram nesta sexta-feira a decisão de bloquear o chatbot ChatGPT, acusado de não respeitar a legislação sobre dados pessoais e de não dispor de um sistema de verificação da idade dos utilizadores menores de idade.
Esta decisão, "com efeito imediatos", terá como consequência "a limitação provisória do tratamento dos dados dos utilizadores italianos em relação à OpenAI", criadora do ChatGPT, informou a autoridade italiana para a proteção de dados pessoais, em um comunicado.
O ChatGPT apareceu em novembro e foi rapidamente adotado por milhões de utilizadores, impressionados com sua capacidade de responder claramente a perguntas difíceis, escrever poemas e até ajudar a escrever teses.
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A autoridade italiana ressalta que o ChatGPT "sofreu, em 20 de março, uma perda de dados (data Breach) sobre as conversas dos utilizadores e as informações relativas ao pagamento dos clientes do serviço de assinatura".
O mesmo órgão também critica o ChatGPT pela "falta de uma nota informativa para os utilizadores, cujos dados são recolhidos pela OpenAI, mas, sobretudo, pela ausência de uma base jurídica que justifique a recolha e a conservação em massa dos dados pessoais, com o objetivo de 'treinar' os algoritmos que fazem a plataforma funcionar".
Além disso, embora o modelo de linguagem seja destinado a maiores de 13 anos, "a autoridade destaca que a ausência de qualquer filtro para verificar a idade dos utilizadores expõe os menores a respostas que não estão, em absoluto, em conformidade com seu nível de desenvolvimento".
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A entidade pede à OpenAI que "comunique, num prazo de 20 dias, as medidas adotadas" para remediar esta situação, "sob pena de multa até 20 milhões de euros ou até 4% do volume de negócios mundial anual".
Este anúncio surge depois de a agência policial europeia (Europol) alertar, na segunda-feira, que os criminosos estavam dispostos a tirar proveito da Inteligência Artificial, como o chatbot ChatGPT, para cometer fraudes e outros crimes cibernéticos.