O embaixador espanhol na Holanda, Fernando Arias González, foi hoje empossado novo diretor-geral da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), instituição que nos últimos meses se tornou em palco do confronto entre o Ocidente e a Rússia.
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Arias substitui o turco Ahmet Üzümcü, na liderança da organização desde 2010 e que em 2013 foi contemplada com o Nobel da Paz pelo seu contributo na eliminação das armas químicas na Síria em plena guerra civil.
Em declarações à agência noticiosa Efe, o diplomata espanhol duvidou que a Síria tenha declarado todas as armas químicas que possui e explicou que a OPAQ suspeita "que ainda as possui e está utilizando", admitindo que "são possivelmente muitas".
O mandato de Arias será de quatro anos, com possibilidade de reeleição por um mesmo período, após a confirmação sua nomeação na assembleia que decorreu em novembro passado, em Haia.
A generalização à escala mundial da Convenção sobre armas químicas, ratificada por 192 Estados e à qual ainda não aderiram a Coreia do Norte, Israel, Sudão do Sul e Egito, será um dos grandes objetivos de Arias durante o seu mandato, para além da destruição dos arsenais químicos que esses países declararem.
A "pacificação" da OPAQ será outros dos objetivos de Arias, e quando a organização tem sido o cenário das disputas entre o Ocidente e a Rússia, quer devido ao apoio de Moscovo ao regime de Damasco, ou ao "caso Skripal", o envenenamento com um agente neurotóxico em Inglaterra do ex-expião russo Serguei Skripal e de sua filha Yulia e com Londres a responsabilizar Moscovo por este incidente.