
O primeiro-ministro, António Costa, fala aos jornalistas no final da visita ao Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produtos do Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel (CEiiA), onde estão a desenvolver o projeto ATENA, um ventilador pulmonar, um produto com elevado requisito técnico e que é fundamental para permitir a eficácia na resposta e coordenação do esforço individual das várias empresas, bem como a sua adequação às efetivas necessidades para combater a Covid-19, Matosinhos, 27 de março de 2020.
FERNANDO VELUDO/LUSA
Primeiro-ministro indignado pelas declarações de ministro holandês
A imprensa espanhola tem estado a destacar (e a elogiar) o discurso de António Costa a atacar as declarações do ministro das finanças holandês ofensivas para Espanha e Itália.
O "El País", diário generalista mais vendido em Espanha, coloca em grande destaque no site, assinalando que "Portugal arremete contra a repugnante resposta dos Países Baixos à crise sanitária".
Wopke Hoekstra, ministro holandês, afirmou que Itália e Espanha deviam ser investigadas por não terem dinheiro para fazer face à pandemia. "Repugnante", catalogou António Costa em relação a estas declarações.
Nem os jornais desportivos espanhóis deixaram passar esta atitude do primeiro-ministro português. O "Mundo Deportivo" destacou também no seu site o ataque de Costa, escrevendo que o mesmo "carregou contra a Holanda pelas declarações repulsivas, sem sentido e totalmente inaceitáveis de Hoekstra".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou-se também solidário com a indignação do primeiro-ministro.
"Estou obviamente solidário no sentido de considerar que nós não podemos aceitar que haja, num processo que deve ser de unidade, atuações que, num momento crítico fundamental para o mundo e para a Europa, enfraqueçam a Europa. E o primeiro-ministro indignou-se e eu sou solidário com a sua indignação", afirmou Rebelo.
