Revelação feita esta terça-feira por José Amador, inspetor da PJ que foi ouvido em tribunal.
Corpo do artigo
José Amador, inspetor da Polícia Judiciária (PJ), foi ouvido esta terça-feira na quinta sessão do julgamento do processo Football Leaks, que tem como arguido Rui Pinto, criador da plataforma.
Em resposta às questões colocadas pela procuradora do Ministério Público, Amador informou que foram apreendidos 12 discos rígidos a Rui Pinto. Desses 12 - num total de 23 terabytes de informação -, nove tinham uma encriptação "completamente impossível" de decifrar pela PJ. Só três foram analisados.
Amador explicou que um gigabyte corresponde a cerca de 100 mil páginas A4 e que, como tal, um terabyte corresponde a 100 milhões de páginas. Ou seja, neste caso é preciso multiplicar 100 milhões vezes 23 para se perceber a quantidade de informação apreendida.
Num dos discos que foram desencriptados, designado por RP3, constava uma série de endereços de correio eletrónico com as respetivas passwords e perguntas de segurança, pertencentes a pessoas ligadas a clubes de futebol, por exemplo, mas também a juízes ou advogados, alguns dos quais participantes no processo. No total, segundo José Amador, eram 455 os perfis de correio eletrónico ali configurados, a que Rui Pinto teria tido acesso. Quanto ao outro disco - designado por RP9 - era onde estavam guardados os arquivos retirados de cada conta de correio eletrónico.
O julgamento do processo Football Leaks prossegue na quarta-feira de manhã, novamente com declarações do inspetor da PJ, José Amador.