O exemplo mais escandaloso é a comparação entre Alemanha e Itália, dois territórios extensos e que partilham um dado: ambos têm a mais elevada percentagem de população com 65 ou mais anos
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Os números revelam que a Europa é por estes negros dias o epicentro da pandemia de covid-19. Mas, são os mesmos números que apontam para um particularidade que está a integrar todo o género de especialistas no novo coronavírus: a Alemanha. Este país da Europa central apresenta um elevado número de casos de infeção, mas a taxa de mortalidade é muito reduzida.
O exemplo mais escandaloso é a comparação entre Alemanha e Itália, dois territórios extensos e que partilham um dado: ambos têm a mais elevada percentagem de população com 65 ou mais anos. A verdade é que a Alemanha ultrapassou esta semana os 22.672 casos e o número de mortes é de 86. Contas feitas, a taxa de mortalidade na Alemanha é de 0,3%, em Itália é de 9%.
E explicações para esta diferença tão grande?
O jornal britânico The Guardian procurou entender as razões e detetou desde logo uma: o perfil etário dos infetados, que na Alemanha começaram por ser os mais novos que regressavam das férias na neve. Isso ajudará a explicaR a baixa taxa de mortalidade, por oposição com a Itália onde a população idosa tem sido a mais afetada.
Outro fator: a preparação. Apercebendo-se do que estava a suceder em Itália, o governo alemão ordenou que fossem feitos testes em massa, quase 12 mil por dia, permitido detetar mais cedo os indivíduos afetados.
Ainda assim, avisam os responsáveis alemães, o mais certo é que o pior esteja para vir e chegue nas próximas semanas. Já depois do país ter procurado duplicar as 28 mil camas destinadas a cuidados intensivos.