Estados Unidos também estão a testar uma nova hipotética vacina em voluntários
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O Governo chinês já deu autorização a uma equipa de cientistas do país para testarem em seres humanos uma vacina contra o Covid-19.
A vacina foi desenvolvida na Academia Militar de Ciências Médicas da China por uma equipa liderada por Chen Wei, cientista famosa por ter desenvolvido medicamentos contra o vírus SARS, em 2003, e também contra o Ébola, o que lhe valeu no país a alcunha de "Exterminadora do Ébola".
"A vacina é a arma mais potente para acabar com o coronavirus. Esta epidemia é como uma guerra e o seu epicentro é o campo de batalha", declarou Chen Wei durante uma reportagem da televisão chinesa CCTV.
Na mesma reportagem televisiva, esta cientista afirmou que, caso seja bem sucedida, a vacina poderá ser produzida em larga escala no país.
Também ontem, a agência de notícias chinesa, Xinhua, informou que uma empresa farmacêutica do país foi autorizada a produzir em larga escala o Favipiravir, um medicamento já utilizado em 2104 no Japão, contra a gripe.
De acordo com testes efetuados em mais de 80 pessoas num hospital de Shanzhen, o Favipiravir demonstrou "boa eficácia" no combate contra o Covid-19.
O Favipiravir foi recomendado às equipas médicas e deve ser o mais rapidamente possível incluído no diagnóstico e no plano de tratamentos contra o Covid-19", declarou Zhang Xinmin, diretor do Centro Nacional da China para o Desenvolvimento da Biotecnologia.
Na última segunda-feira, uma equipa de investigadores dos Estados Unidos começou também a testar em seres humanos uma vacina desenvolvida em parceria com uma empresa privada.
Jennifer Haller foi a primeira voluntária a ser testada. "Não doeu nada e foi um grande privilégio ter sido a primeira", afirmou.