Advogado João Medeiros e a condenação de Rui Pinto: "Não há dinheiro para aquilo que eu passei"
Ex-advogado da PLMJ, assistente no caso, vai analisar se avançará para recurso
Corpo do artigo
João Medeiros, antigo advogado da PLMJ que é assistente no caso Football Leaks, comentou à saído do tribunal a condenação de Rui Pinto, prometendo analisar o acórdão para depois, em consonância com o seu advogado, decidir se avança para um recurso.
"Não fico propriamente satisfeito com o mal dos outros, de qualquer forma as pessoas têm de responder perante os seus atos e foi o que aconteceu. Têm de ter as consequências penais. A indemnização, para aquilo que eu passei, não há dinheiro... Será a favor do IPO, da ala pediátrica, e não a meu favor. Recurso? É relativo, seguirei o conselho do meu advogado", comentou.
Em sessão que teve lugar no Juízo Central Criminal de Lisboa, Rui Pinto foi esta segunda-feira condenado a quatro anos de prisão no processo Football Leaks, três anos depois do início do julgamento. A decisão foi lida por Margarida Alves, presidente do Coletivo de Juízes que julgou o caso. Rui Pinto não terá que a cumprir na forma efetiva.
A amnistia que Rui Pinto recebeu gerou polémica: "Há questões técnicas que, respeitante aos facto de alguns crimes tirarem a agravação, não teria beneficiado da lei da amnistia. Será analisado e atuaremos, mas não é para agora. Imagine que pegam na sua caixa de correio e divulgavam as fontes, qual seria a consequência para a sua vida pessoal?"
Rui Pinto, de 34 anos, estava acusado de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada, à empresa Doyen.
17005830
17005394