José Manuel Ribeiro e Luís Freitas Lobo, sob condução de João Ricardo Pateiro, analisam a vitória do Sporting na Taça da Liga, a estadio de Nélson Veríssimo no comando do Benfica, a saída do colombiano Luís Díaz para o Liverpool e outras mexidas no mercado de Inverno
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Vitória do Sporting na Taça da Liga:
"O Sporting ganhou quase por falta de comparência [do Benfica]. O golo do Everton foi uma exceção completa até para o jogador, que voltou a praticar aquele futebol sem risco, com passes para trás. Raramente arrisca um drible."
"O Sporting teve superioridade total, mas o Benfica teve uma oportunidade para as coisas serem diferentes. O golo podia ter empolgado a equipa e criou-se expectativa para o que seria a segunda parte. O Sporting vinha de maus resultados, mas a houve claramente uma equipa grande na segunda parte."
Nélson Veríssimo no comando do Benfica:
"A meio da época, entrar e fazer tantas mudanças, à procura da tecla certa, fica difícil. Tem vontade de mostra trabalho, mas vai ser comido pelas circunstâncias. O cargo de treinador do Benfica é um presente envenenado."
"Talvez não termine a época no Benfica. Os clubes devem saber fundamentar quando escolhem um treinador. Quando escolhem, têm que confiar por mais do que um mês e não em função de resultados. Despedir agora é um péssimo sinal."
Venda de Luís Diaz pelo FC Porto ao Liverpool:
"O Barcelona ofereceu 55 milhões por Ferrán Torres, ao Manchester City, e o Liverpool deu 45 milhões pelo Luís Diaz. Não há comparação entre um jogador e o outro. A qualidade do Luís Diaz é estratosférica."
"É um pontapé muito forte no FC Porto. Há uma necessidade e obrigação de vender por parte do FC Porto. Desportivamente, vender Luis Diaz não fez sentido nenhum, mas a situação do FC Porto obrigou a isso."
"Entre perder 20 ou 30 milhões de euros na venda de Luis Diaz e perder 50 na próxima Liga dos Campeões não há discussão possível, sem falar nos danos reputacionais por não pagar o que deve a clubes, salários até fim da época."
Recusa de oferta de West Ham por Darwin:
"O Darwin precisa de ganhar maturidade para valer mais do que 45 milhões de euros. É parecido com o que acontece com o Luis Diaz. Nenhum avançado do Benfica está em alta atualmente. Vender o Darwin neste momento não seria bom."
"Não percebo bem este mercado. Os valores a serem pagos por jogadores estão, muitas vezes, em desacordo com o valor do jogador. Tem a ver com a posição negocial do que clube que vende. E onde está a jogar, é o que marca a diferença."