Superada uma lesão, a internacional sub-19 portuguesa Vitória Antunes dá conta a O JOGO de uma época "desafiante" e de "aprendizagem". Aos poucos, quer retornar à forma habitual e ajudar o Torreense.
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A cumprir a terceira época no Torreense, após passagem curta por Espanha, Vitória Antunes, 22 anos, tem ganho espaço na baliza do emblema de Torres Vedras e sonha colocar o seu nome entre as melhores guarda-redes do mundo.
Em 2018, estreou-se na primeira divisão ao serviço do GD A-dos-Francos e, na época seguinte, deu o salto para o Estoril, clube onde se destacou e foi chamada para representar a Seleção Nacional sub-19. Alguma vez pensou chegar tão cedo a esse patamar?
-Sinceramente, nunca pensei nisso. Trabalhava todos os dias para me tornar melhor e para continuar a lutar pelos meus sonhos e ambições. Surgiu tudo com naturalidade.
E depois rumou a Espanha, para representar o CD Santa Teresa, na primeira aventura fora de Portugal. Como foram esses tempos?
-Ao fim de duas épocas no Estoril surgiu a oportunidade de ir para Espanha, através de um treinador português que estava no Santa Teresa. Foi a minha primeira experiência internacional. Apesar da passagem ter sido curta, foi, sem dúvida, uma experiência diferente e que me fez crescer. O futebol espanhol é completamente diferente.
A meio da época, deixou o Santa Teresa e abraçou o projeto do Torreense. O que a levou a voltar a Portugal?
-Foi tudo muito rápido. Cheguei ao Torreense em dezembro de 2019 e na altura houve interesse de ambas as partes para que eu integrasse o projeto. Não estava a desgostar de estar em Espanha, mas sentia saudades do meu país e da minha família, então rapidamente chegamos a acordo para a transferência.
E passado uns meses sofreu uma rotura de ligamentos e passou praticamente um ano sem pisar os relvados. Como foi o processo de superação e recuperação?
-Sofri a lesão no dia 15 de fevereiro de 2020, nunca me irei esquecer. O tempo que estive afastada dos relvados foi bastante desafiante e confesso que tive algumas dificuldades nesse período. Foi preciso uma mentalidade muito forte para passar pelo processo de reabilitação. O foco tinha de ser constante Pensei muitas vezes em desistir, mas o clube não me deixou cair.
Veste a camisola do Torreense há três temporadas e, aos poucos, tem-se afirmado no clube. Como descreve esta época a nível coletivo e pessoal?
- O balanço é bastante positivo. Já vou para a minha terceira época ao serviço do Torreense e a cada ano é notório o aumento do investimento do clube, das condições que nos são proporcionadas. Com isto, naturalmente, a exigência e as ambições aumentam. A nível individual, o balanço é também positivo. Tem sido uma época desafiante e, acima de tudo, de crescimento e superação. Estou próxima da minha melhor forma e quero dar alegrias a este clube. Um dia, quero estar entre os grandes nomes do futebol feminino e luto por isso.
O Torreense disputa a fase de apuramento de campeão da Liga BPI e tem alcançado bons resultados, ocupando o quarto lugar na tabela classificativa. Qual é a chave para este sucesso?
-O grande objetivo já foi alcançado. Temos um excelente balneário e um grupo bastante unido. Quando isso acontece, estamos mais próximos do sucesso. Temos feito uma boa campanha e iremos continuar.
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