Bia Meio-Metro joga no Braga e atravessa um grande momento. Soma cinco golos nos últimos quatro jogos
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Beatriz Fonseca, mais conhecida como Bia Meio-Metro - mede 1,56 metros -, está em excelente forma no Braga e acumula cinco golos nos últimos quatro jogos. Aos 25 anos, a internacional jovem portuguesa destaca a importância do trabalho diário, a satisfação de contribuir e o prazer de aproveitar o momento. Na Pedreira desde a época passada - campanha em que marcou o golo que colocou as arsenalistas na final da Taça de Portugal -, a avançado nascida na Guarda destaca-se como uma peça fundamental e tem objetivos ambiciosos esta temporada.
Com uma trajetória que vai da Guarda ao Apollon Ladies, no Chipre, Beatriz partilha a paixão que virou carreira, dos jogos na rua e nas escola aos maiores palcos do futebol feminino.
A Beatriz está numa excelente forma e fez cinco golos nos últimos quatro jogos ao serviço do Braga. Como descreve o atual momento e qual é o segredo?
-Costumo dizer que o futebol é feito de momentos: às vezes as coisas correm na perfeição e outras vezes nem tanto. O segredo reside em trabalhar e dar o nosso melhor diariamente, seja nos treinos ou mesmo no ginásio. Fico satisfeita com a contribuição que dou à equipa, tanto em golos como em assistências, pois isso é sinal de que o nosso esforço está a dar frutos. E isso é verdadeiramente gratificante. Além disso, é essencial desfrutar do momento sem negligenciar o trabalho árduo.
De que forma o seu desempenho recente tem influenciado a confiança?
-Prefiro encarar independentemente os jogos, mantendo a máxima confiança em mim para proporcionar o melhor à equipa. Marcar e assistir são momentos que alimentam a confiança, mas, como mencionei anteriormente, é crucial desfrutar sem descuidar a evolução. No futebol, as coisas podem mudar rapidamente, faz parte do jogo.
Houve alguma mudança tática recente do treinador Tomás Tengarrinha que tenha favorecido o seu estilo de jogo e contribuído para o seu bom momento?
-Não, sou uma jogadora que se adapta facilmente aos planos de jogo. Estou sempre disponível para qualquer ajuste que beneficie o meu desempenho e contribua para ajudar a equipa.
Chegou ao Braga na época passada e rapidamente se tornou numa jogadora importante. De que forma é que a experiência na Pedreira a tem moldado?
-Desde que cheguei ao Braga, senti-me em casa. Fui calorosamente recebida por todos, o que me proporcionou confiança e conforto para crescer e evoluir como jogadora. Representar este clube é um orgulho imenso, pois oferece todas as condições necessárias para o meu desenvolvimento. A aposta que fizeram em mim motivou-me a crescer dia-a-dia como jogadora.
Quais são os objetivos do clube para a presente temporada?
-Infelizmente, estamos apenas em duas competições. Os nossos objetivos claros são chegar à final da Taça de Portugal e garantir um lugar na Liga dos Campeões.
Falando um pouco de si e do seu percurso, como é que este fascínio pelo futebol se transformou numa carreira?
-Desde sempre, o futebol foi a minha paixão. A bola era o meu brinquedo favorito e praticamente o meu único “material escolar”. Quando surgiu a oportunidade de integrar uma equipa de futebol, não hesitei, pois era a única coisa que adorava fazer.
E como surgiu a alcunha “Meio-Metro”?
-Quando comecei a jogar, principalmente com rapazes, eu era realmente muito pequenina. Foi assim que surgiu esse nome, que nunca mais me abandonou
Começou na Guarda Desportiva e passou por Guarda 2000, Guarda Unida, Fundação Laura dos Santos, Estoril Praia e Apollon, do Chipre, onde venceu o Campeonato cipriota, a Taça e Supertaça. Hoje, brilha no Braga. Que conselhos daria às jovens atletas?
-Não se esqueçam de que o foco, a dedicação e o trabalho são elementos fundamentais para manterem um nível elevado de exigência. Nunca desistam dos vossos sonhos e procurem ser felizes simultaneamente, porque é assim que tudo faz sentido!