NWSL tomou a decisão, motivada pelas acusações feitas a um ex-treinador dos North Carolina Courage., em conjunto com o sindicato de jogadoras do país.
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A Liga norte-americana de futebol feminino (NWSL, na sigla inglesa) não vai realizar jogos, este fim de semana, devido ao escândalo em torno do treinador Paul Riley, despedido na sequência da mediatização de alegados casos de assédio e coerção sexual.
A revista especializada The Athletic reportou, com testemunhos de duas antigas jogadoras, uma prática consistente de assédio e coerção sexual do antigo técnico dos North Carolina Courage.
A NWSL não especificou se os jogos seriam cancelados ou adiados. A comissária Lisa Baird disse que a decisão foi tomada em conjunto com o sindicato de jogadoras.
"Esta semana, e muita desta temporada, tem sido incrivelmente traumática para jogadoras e equipas técnicas, e eu assumo responsabilidade total. Lamento tanto a dor que estão a sentir", declarou Baird, que chegou à direção do campeonato no início de 2020.
A federação norte-americana suspendeu a licença de Riley após a reportagem sair, com acusações das antigas jogadoras Sinead Farrelly e Mana Shim, com abusos que começaram em 2011 e foram continuando ao longo dos anos, no caso da primeira.
Riley terá assediado Shim nos Portland Thorns, que treinou em 2014 e 2015, numa carreira em que passou por várias equipas norte-americanas e em que foi considerado o Treinador do Ano em 2011, 2017 e 2018.
O sindicato tem protestado contra a falta de ação e políticas em relação a casos de assédio e abuso, um tema recente na NWSL, como o caso do treinador dos Washington Spirit, Richie Burke, despedido após uma notícia do Washington Post dar conta de abuso verbal e emocional.
Também a "manager" Alise LaHue, dos Gotham FC, foi despedida em julho, após uma investigação sobre assédio, enquanto Christy Holly deixou o Racing Louisville sem serem tornadas públicas as razões.
Farid Benstiti deixou os OL Reign sem dar razões, com o dono do clube a reportar "um incidente num treino", face a um técnico já acusado pela internacional Lindsay Horan de sexismo quando trabalhou no Paris Saint-Germain.