
Filipa Patão, treinadora do Benfica
Miguel A. Lopes/Lusa
Declarações da treinador do Benfica após a pesada derrota em casa do Barcelona (9-0), para a fase de grupos da Champions feminina.
A derrota pesada: "Não conseguimos fazer o que gostamos, a criação, estar com bola, circular. Isso acabou por não acontecer muitas vezes pela excelente pressão do Barcelona, a forma como se conseguiam compactar e chegar atrás ou pressionar alto a portadora da bola, não deixando fazer o passe. Isso retirou-nos bastantes momentos em fases ofensivas. O Barcelona não nos surpreendeu, pois sabíamos as dificuldades que íamos enfrentar, conhecemos a qualidade da equipa no seu todo, tanto coletiva, como individualmente. Cometemos alguns erros. A equipa é muito jovem."
Responsabilidade: "Também da treinadora, pois alterámos um bocadinho alguns dos nossos comportamentos, principalmente tendo o bloco tão baixo e uma linha de cinco [na defesa], que raramente utilizamos. Responsabilidade minha também por não ter arranjado soluções ao longo do jogo para que a equipa conseguisse estar menos momentos sem bola, sujeita às combinações do Barcelona, e evitar os cruzamentos."
Defesa: "Da nossa linha defensiva do ano passado só tivemos uma jogadora, a Carole Costa. A Carolina Correia é muito jovem e foi pela primeira vez titular num jogo de Liga dos Campeões, mas é aqui que vai crescer. A Daniela Silva é uma adaptação e também optei pela linha de cinco para proteger algumas jogadoras. Não estão tão habituadas a este nível competitivo. As baixas retiraram-nos alguma experiência, mas estou muito contente com as duas jogadoras, e com a Valéria, também adaptada."
Futuro: "O caminho faz-se caminhado e eu tenho a certeza que o nosso percurso ainda vai ser muito bom nesta Liga dos Campeões. Ainda temos muita coisa para mostrar de positivo ao longo do tempo. Ainda vão ouvir falar de nós de outra forma. As nossas jogadoras têm muita qualidade. Qualquer equipa que sofra um golo no primeiro minuto vai ter sempre impacto, mais ainda contra o Barcelona. Mesmo em termos psicológicos, deu ao Barcelona maior tranquilidade e conforto. São dores de crescimento. Temos de crescer com isto e perceber como melhorar, como progredir. Esta equipa continua a ser extremamente competente e camaleónica. Faltou sempre qualquer coisa, que vem com o tempo, a experiência e os jogos".
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