Daniela Silva "acreditou" e rubricou o triunfo já nos descontos, mantendo o Famalicão em boa posição na tabela classificativa. A jovem, de 22 anos, admite o bom momento e pretende manter a boa forma
Corpo do artigo
O Famalicão tem um diamante em bruto para lapidar: Daniela Silva, de 22 anos, dá nas vistas pela garra, facilidade de drible e velocidade. Protagonista no último triunfo das famalicenses na Liga BPI, diante do Sporting, a avançado cumpre a terceira época no emblema minhoto e regista três golos e uma assistência. Ajudar a equipa a alcançar uma boa posição e uma chamada à Seleção Nacional, que sente estar cada vez mais próxima, são as metas definidas pela jogadora.
Como caracteriza a época do Famalicão até ao momento?
-Tem sido uma boa temporada. A equipa tem estado bem e está a crescer a olhos vistos. Conseguimos atingir o nosso objetivo primordial, que era a fase de apuramento de campeão. Agora, o céu é o limite. É pensar jogo a jogo e dar o nosso melhor para honrar o símbolo que temos ao peito.
Na última jornada, esteve em destaque ao marcar no último minuto frente ao Sporting. Como descreve esse momento?
-Foi um momento de muitas emoções, porque este grupo merecia. Senti-me muito feliz por conquistar os três pontos e explodi de alegria. Marquei o golo, mas a jogada é de toda a equipa. Somos uma autêntica família. Foi um jogo complicado, mas já merecíamos sorrir.
O que espera desta fase da competição?
-É uma fase muito competitiva. Várias equipas reforçaram-se muito bem e apresentam-se muito fortes. Nós vamos tentar fazer a melhor classificação possível. Neste momento, estamos em terceiro e queremos manter o nosso nível exibicional. Não tenho a menor dúvida de que iremos alcançar uma boa posição
Quais são os pontos fortes do Famalicão dentro e fora de campo?
-Temos um grupo muito humilde. Somos muito trabalhadoras e fazemos tudo em prol do clube. Temos muita qualidade e somos ambiciosas. O Famalicão proporciona todas as condições para darmos o nosso melhor e, então, temos de retribuir. Não falta nada aqui.
Começou por praticar natação, mas rapidamente viu que não era aquilo que queria. Como surgiu a paixão pelo futebol?
-Sempre fui apaixonada por futebol. Porém, na minha terra, não havia nenhum clube de futebol e acabei por ir para a natação. Entretanto, surgiu a oportunidade jogar no Salesianos Arouca e lá fui eu, para o meio dos rapazes.
E depois segue-se a aventura em Albergaria...
-Sim. Comecei a dar nas vistas no Salesianos e o Clube Albergaria deu-me a oportunidade de jogar lá. Nem hesitei. Passei três anos fabulosos.
Marcou 49 golos em 74 jogos com a camisola do Clube Albergaria. Deu nas vistas e fez as malas para rumar a Famalicão. Como surgiu o convite?
-Sim, é verdade. O míster João Marques convidou-me e achei que estava na altura certa de dar o salto. Adorei o projeto e aceitei logo. Fui com 19 anos. Estava a cumprir um sonho.
Mas era uma jogadora tão jovem e já longe da família e da sua cidade. Como lidou com a distância?
-Estar longe da família é muito doloroso. No início, não me adaptei tão bem, mas o Famalicão proporcionou-me tudo para que eu me sentisse em casa. Agora, já é mais fácil lidar com isso. Faço sempre videochamada com eles e mato as saudades.
O que significa o Famalicão para si?
- Muito. Foi o clube que me abriu as portas e me tratou muito bem. É uma casa para mim, e espero ficar aqui por muito tempo. Estou pronta para fazer história neste clube.
Representou Portugal nas camadas jovens, nomeadamente nos sub19 e mais recentemente na equipa B. Qual é a sensação de vestir a camisola de uma nação?
- É um enorme orgulho. Foi um dos melhores momentos da minha vida.
Sente que está perto de uma chamada à Seleção principal?
- O meu foco é o Famalicão e dar tudo o que tenho. Uma chamada à Seleção também está nos meus planos e, sim, sinto que estou cada vez mais perto. Mas vamos dar tempo ao tempo.