Ex-Barcelona e Real Madrid causa polémica: "As mulheres não se podem queixar..."
Alfonso Pérez reagiu à polémica recente da seleção feminina espanhola com declarações que estão a fazer correr muita tinta.
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Alfonso Pérez, antigo avançado espanhol que passou por clubes como o Real Madrid, Barcelona e Marselha na carreira, prestou recentemente declarações sobre o futebol feminino que estão a causar muita polémica naquele país.
Em reação ao escândalo que levou à demissão de Luis Rubiales, antigo presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Pérez começou por reagir com desagrado à recusa inicial das jogadoras em serem convocadas pela seleção, visando ainda o treinador Pep Guardiola por ter defendido no passado a independência da Catalunha.
"No caso de Guardiola, como no das raparigas, obrigá-las-ia a beijar a bandeira espanhola para saberem que estão a defender a camisola do seu país com honra e honestidade. Isso primeiro, depois podem protestar sobre o que quiserem. Parece-me bem que peçam o que pretendam, mas a seleção está acima disso", defendeu, em entrevista ao El Mundo.
Questionado sobre a sua opinião acerca do futebol feminino e sobre a igualdade de salários em relação ao masculino, o antigo internacional espanhol (11 golos em 38 jogos) mostrou-se contra a medida e apontou que "não existe comparação" entre os dois setores, em declarações que têm feito correr muita tinta.
"Tenho uma opinião um pouco diferente", começa por avisar, antes de atirar: "Acho ótimo que as mulheres tenham o seu espaço e os seus direitos, como têm tido há muitos anos, mas não acho que o futebol masculino e feminino sejam comparáveis, porque tudo depende das receitas que se geram e do impacto mediático. E aí não há comparação".
"É claro que outros atletas gostariam de ganhar como os futebolistas da seleção nacional, mas não podem. Eu gostava de ser pago como o Cristiano Ronaldo, mas não sou bom o suficiente. É assim que as coisas são. Cada um tem de saber qual é a sua posição. Elas não se podem queixar. O futebol feminino evoluiu, mas elas precisam de ter os pés no chão e saber que não podem, de forma alguma, ser equiparadas a um futebolista masculino", sentenciou.
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