A internacional portuguesa Diana Silva foi a primeira jogadora a atingir a marca dos 100 golos pela equipa feminina do Sporting. De regresso às leoas este ano, a avançado já soma 12 em 11 jogos
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"Estou muito feliz", foi assim que Diana Silva ilustrou o sentimento de ter entrado para a história das leoas com um registo avassalador.
12 golos em 11 jogos, esta temporada, valeram a marca dos 100 golos pelo Sporting. Imaginava um regresso destes a Portugal?
- O que imaginei quando voltei foi poder ajudar o Sporting a conseguir algo diferente com a minha contribuição. Os golos surgem com alguma naturalidade, a equipa tem jogado bem, tem mostrado qualidade, e estamos a entender-nos. A treinadora também tem tentado melhorar os nossos aspetos individuais e coletivos. Acho que é por isso que as coisas têm corrido bem.
No meio de tantos golos, ainda se recorda do primeiro pelo Sporting?
- Não me lembro de todos os golos, mas lembro-me de alguns que, se calhar, me marcaram mais. Sei que o primeiro foi contra o Belenenses, porque foi o primeiro jogo que fiz pelo Sporting, no ano em que foi formada a equipa, em 2016. Já foi há algum tempo, não me recordo bem...
Ter marcado no primeiro jogo pode ter sido um presságio deste sucesso...
- Na altura, nem me passava pela cabeça. Claro que queria ser bem sucedida no clube, mas foi tudo por acréscimo. Estou muito feliz por isso.
Há algum golo que tenha sido mais especial?
- Lembro-me perfeitamente do golo na final da Taça de Portugal, e esse é um dos mais marcantes. Mas há outros também, em dérbis ou em jogos com o Braga, por exemplo. São sempre jogos mais difíceis e competitivos.
Tem algum festejo especial para quando marca?
- Por acaso, sou muito má a festejar golos [risos]. Tenho de praticar os meus festejos. Não costumo ser muito entusiasta, porque acho que é um bocadinho o meu trabalho, não menosprezando. Quando marco, claro que fico feliz, é aquela libertação de energia, mas não tenho assim nenhum festejo que faça muitas vezes ou que seja característico.
Houve algum golo com dedicatória?
- Por acaso não dedico muito os golos, e as minhas colegas ficam sempre chateadas porque me esqueço sempre de dedicá-los. Lembro-me de um golo em particular, que foi quando o pai de um jogadora nossa faleceu, e aí dedicámos a essa colega e ao pai dela. Foi um momento mais triste na equipa. Não foi um momento de festejo, mas sim uma dedicatória.
Ser a primeira jogadora do Sporting a atingir os 100 golos deixa-a orgulhosa?
- É o reconhecimento do meu trabalho e não há melhor forma do que os números para o mostrarem. Claro que muitas vezes trabalhamos e os números não aparecem para toda a gente ver, mas, neste caso, acho que é uma demonstração do meu trabalho até agora, de tudo o que tenho feito pelo clube. Sinto mesmo muito orgulho por ter conseguido estes golos pelo Sporting. É, realmente, o reconhecimento do meu trabalho.
Há um crescimento grande desde que começou no Sporting, comparativamente ao que é agora?
- Não só como jogadora, mas também como pessoa. Evoluí bastante, principalmente nestes últimos dois anos em que tive a experiência no estrangeiro. Isso contribuiu para o meu crescimento.
Além de jogar, também tem o curso de Ciências Farmacêuticas. Imagina-se a exercer no futuro?
- Imagino. É uma área interessante e que me fascina imenso. Optei pela área farmacêutica por ser um escape ao futebol e ao desporto.