Sanção por falta de comparência a uma convocatória de seleção nacional vai de multas a suspensão de dois a 15 anos
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A nova selecionadora espanhola de futebol, Montse Tomé, revelou esta segunda-feira a lista de convocadas da seleção para as próximas partidas, incluindo 15 campeãs do mundo que tinham já recusado voltar à seleção no atual estado das coisas, exigindo mudanças mais profundas que as das saídas de Luis Rubiales (ex-presidente da federação) e Jorge Vilda (ex-selecionador). Uma lista que levou Iker Casillas, antigo jogador do FC Porto, a voltar a atacar a federação (RFEF).
"Tudo se continua a fazer pior na RFEF", escreveu nas redes sociaisCasillas, que chegou a ser candidato contra Rubiales nas últimas eleições (desistiu antes da ida a votos).
Todo se sigue haciendo PEOR en la @rfef ...
- Iker Casillas (@IkerCasillas) September 18, 2023
Entretanto, o presidente do Conselho Superior do Desporto de Espanha, Víctor Francos, garantiu que se vai cumprir a lei se as jogadoras convocadas não forem à seleção: "Se não aparecerem, o governo fará o que tem a fazer, que é aplicar a lei. Para minha tristeza e infelicidade. Mas a lei é a lei. Ainda tenho esperança de que possa haver uma solução".
A lei espanhola considera a não comparência a uma convocatória da seleção nacional como um ato muito grave, com sanções que vão de multas de três a 30 mil euros, uma eventual suspensão da licença por um período de dois a quinze anos e uma proibição de acesso aos estádios por um período não superior a cinco anos.
"Pedimos-lhes que vão a estes jogos. Queremos que elas sejam campeãs olímpicas. Não se trata de uma questão menor, porque elas são as melhores. Queremos que elas ganhem. Ajudamos e acompanhamos a fazer as mudanças e, ao mesmo tempo, pedimos-lhes um compromisso. Vou tentar falar com as capitãs. Se elas não quiserem falar, respeitarei. Ameaças e intimidações [da RFEF] não são a melhor forma de nos livrarmos de nada. Tem de haver mudanças estruturais. As pessoas que estão à frente da RFEF continuam a ser as mesmas que estavam no comando quando o que estava a acontecer estava a acontecer. A Federação prometeu coisas que não foram cumpridas", concluiu Victor Francos.
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