Defesa-central do Estoril marcou os três golos do triunfo sobre o Cadima e revela várias curiosidades ligadas a esse encontro.
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Filipa Rodrigues está a reencontrar a paixão pelo futebol no Estoril. Após uma época em que não foi utilizada com regularidade no Benfica, a defesa-central não se deixou abalar e não ligou às pessoas que lhe diziam para desistir. Optou por regressar ao clube da Linha, que representara entre 2016 e 2018, e a receção ao Cadima será perpetuada na memória. No domingo, na sequência de três bolas paradas, a central fez um hat trick e deu o triunfo ao Estoril (3-0).
Para Pipa, como é conhecida, foi um fim de semana em cheio, como conta a O JOGO. "Toda a gente sabe que sou benfiquista e no sábado fui ao estádio assistir ao Benfica-Marítimo. Vou sempre aos jogos e no final, os jogadores atiram bolas para as bancadas e pela primeira vez fiquei com uma bola, que foi atirada pelo Tomás Tavares. Disse: "Esta bola vai dar-me sorte e vou fazer um golo"", comenta. Não foi um, foram três, e com direito a continência para o banco de suplentes durante os festejos, ou não fosse fã de Pizzi, que tem por hábito celebrar desse modo.
"Enquanto treinava livres, um dos nossos treinadores adjuntos [João Atalaia] disse-me que ia marcar um golo e fazer a continência. Como gosto do Pizzi, já festejava assim de vez em quando e disse-lhe que, quando marcasse, lhe faria a continência. Foi dedicada a ele", refere a defesa.
Internacional portuguesa, Pipa, diminutivo que ao início nem gostava e lhe foi colocado por duas colegas dos relvados, diz se feliz no Estoril. "Precisava de ganhar motivação e estou a conseguir. Terminei o último jogo com a sensação de que afinal ainda estou aqui para jogar. Tinha sido feliz no Estoril e foi sempre a primeira opção. Tinha de ser numa casa onde me iria sentir bem e isso está a acontecer", explica a jogadora, natural de Mangualde e que debutou na Fundação Laura Santos, passando depois pelo Ouriense.
Pipa, que é uma das capitãs do Estoril, também é adjunta das sub-19 B canarinhas e trabalha numa loja de equipamentos desportivos em Cascais. Não deixa de treinar com afinco em horário pós-laboral e acredita que o Estoril, atual nono classificado, vai subir na tabela. "Iniciámos mal, com muitas lesões, e nem 18 tínhamos na ficha em alguns jogos. Agora, já temos o plantel quase completo e temos qualidade", assegura.