Trump rejeita adiar eleições presidenciais e acusa Biden de "propaganda fabricada"
Presidente dos Estados Unidos garante que nunca tencionou adiar as eleições.
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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na segunda-feira que nunca pensou em adiar as eleições presidenciais de 3 de novembro por causa da covid-19, acusando o seu opositor democrata Joe Biden de "propaganda fabricada".
"Nunca pensei em mudar a data (...) Por que faria isso?", questionou Trump, durante uma conferência de imprensa. Dias antes, Biden previu que Trump faria o possível para adiar a data da votação. "É apenas propaganda fabricada", respondeu Trump.
Na mesma conferência de imprensa, o Presidente norte-americano falou da possibilidade de pedir a Pequim o pagamento de biliões de dólares em compensação pelos danos causados pelo novo coronavírus.
"Estamos descontentes com a China", afirmou. A doença "poderia ter sido parada na fonte e não se ter espalhado pelo mundo", justificou. "Existem várias maneiras de responsabilizá-los, estamos a conduzir uma investigação muito séria" sobre esse assunto, acrescentou Donald Trump.
Ainda na mesma conferência, o Presidente norte-americano disse que vai manter as fronteiras encerradas até que a situação da pandemia da covid-19 na Europa melhore.
"Estamos a analisar [a anulação do veto que impede a entrada nos EUA de viajantes provenientes da Europa] e depende do tempo que demorar a Europa a curar-se. Itália está a começar a recuperar. Fico contente de ver isso com o meu amigo, o primeiro-ministro", sublinhou, referindo-se ao chefe do Governo italiano, Giuseppe Conte.
Donald Trump qualificou de "trágico" o impacto do surto do novo coronavírus na Europa, enumerando Itália, Espanha, França e Alemanha como exemplos. "Em todos os países ali, é trágico, mas muito em breve veremos o que sucede na Europa e, com certeza, queremos fazê-lo [levantar o veto do encerramento de fronteiras] e eles também o querem muito", revelou.
O encerramento das fronteiras com a Europa por parte dos EUA teve início em 14 de março, por um período inicial de 30 dias que, entretanto, foi renovado, podendo prolongar-se enquanto o presidente norte-americano achar necessário.
Os Estados Unidos registaram 1.303 mortos nas últimas 24 horas devido à pandemia da covid-19, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins.