Nova Iorque vai celebrar: "De uma forma ou de outra, o espetáculo tem de continuar"
"Não existe dia nenhum como o 4 de julho", disse Bill de Blasio, prefeito nova-iorquino.
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A pandemia de covid-19 irá condicionar os festejos, com fogo de artifício, do Dia da Independência em Nova Iorque, mas o prefeito da cidade garantiu que o evento irá realizar-se "de uma forma ou de outra".
"De uma forma ou de outra, o espetáculo tem de continuar ["the show must go on"]. Não existe dia nenhum como o 4 de julho. Mesmo que tenhamos de fazer qualquer coisa diferente, iremos fazê-lo de uma forma expressiva", disse Bill de Blasio.
O prefeito nova-iorquino salientou que o principal patrocinador do fogo de artifício em Nova Iorque, a Macy, está de acordo.
Bill de Blasio realçou, porém, que está ainda por decidir como e quando o espetáculo pode acontecer, sabendo de antemão que deverá haver "qualquer distância social que possa ser necessária no Dia da Independência".
"Haveremos de descobrir o que poderemos fazer. Temos de garantir que será seguro. É parte também dos nossos esforços para combater (o novo coronavírus) e como reconhecimento da importância deste dia. Vai acontecer, mas teremos de o fazer também de outra forma", argumentou.
O Estado de Nova Iorque é considerado o centro da pandemia, e os Estados Unidos são o país com mais mortos (45.075) e mais casos de infeção confirmados (mais de 825 mil).
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Seguem-se Itália (25.085 mortos, em mais de 187 mil casos), Espanha (21.717 mortos, mais de 208 mil casos), França (20.796 mortos, mais de 158 mil casos) e Reino Unido (18.100 mortos, mais de 133 mil casos).
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 179 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 583 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.