Noite difícil em Torres Vedras com fila de espera de ambulâncias e urgência lotada
Vídeo partilhado nas redes sociais mostra longa fila de ambulâncias.
Corpo do artigo
Fotografias partilhadas nas redes sociais mostraram a fila de espera de cerca de 10 ambulâncias para a urgência covid-19 de Torres Vedras e a administradora do hospital reconheceu este sábado que a última noite "foi muito complicada".
"A situação esteve muito complicada, porque não havia lotação e tivemos de criar mais uma enfermaria com 21 camas", disse à agência Lusa Elsa Baião, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), a que pertence a unidade de Torres Vedras, no distrito de Lisboa.
A capacidade do internamento para a covid-19 aumentou de 45 para 66 camas.
Segundo a administradora, este sábado, "pelas 08:00 a situação já estava mais calma, apesar de a urgência continuar lotada".
Em Torres Vedras, admitiu, "a situação é mais preocupante por causa do surto ativo [com um total de 157 casos confirmados] dentro da unidade, motivo pelo qual as equipas estão mais reduzidas, e por ser uma região com um número elevado de camas de lar".
Elsa Baião alertou que, nos últimos dias, "tem sido complicado transferir doentes para outros hospitais", assim como contratar mais profissionais de saúde, nomeadamente enfermeiros.
Ainda assim, na sexta-feira, o CHO conseguiu transferir tanto doentes não covid, como doentes covid para outras unidades, destacando a responsável os cinco doentes covid que foram transferidos de Torres Vedras para a CUF Tejo, em Lisboa, ao abrigo do acordo que o Ministério da Saúde estabeleceu com hospitais privados.
O CHO possui uma capacidade de 102 camas de internamento para doentes covid, em Torres Vedras (66) e Caldas da Rainha (36), cuja lotação "está perto do limite", pelo que voltar a aumentar essa capacidade "é uma hipótese que não está posta de parte", disse a administradora.
1350198752221519874