O Presidente do Brasil tem contrariado as recomendações científicas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para impedir a propagação do vírus
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A maioria dos brasileiros considera que o Presidente, Jair Bolsonaro, deve manter-se no cargo, apesar de só um terço apoiar a sua gestão do combate à covid-19, avança um estudo do instituto Datafolha divulgado este domingo.
Segundo o estudo, publicada este domingo pelo jornal Folha de São Paulo, 59% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro não deve renunciar, enquanto 37% consideram que esse é o caminho que deve seguir tendo em conta a forma como tem enfrentado a pandemia.
O Presidente do Brasil tem contrariado as recomendações científicas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para impedir a propagação do vírus, defendendo que a covid-19 é uma "gripe" que só deve preocupar os idosos e que não deve parar todo um país devido a confinamento de pessoas.
A posição que Bolsonaro assumiu em relação à covid-19 é aprovada por 33% dos entrevistados para o estudo, que consideraram a resposta do Presidente como "ótima" ou "boa".
De acordo com o estudo, mais de metade (52%) dos inquiridos acredita que o chefe do Estado brasileiro tem condições para continuar a governar o país, embora 44% refutem essa afirmação.
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A pesquisa entrevistou 1.511 pessoas entre 1 e 3 de abril e que possui uma margem de erro de três pontos.
A divulgação de um estudo a defender que a maioria dos brasileiros aceita e pretende que o Presidente se mantenha acontece numa altura em que sua imagem tem sido ofuscada pela do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, cuja gestão da crise causada pela pandemia de coronavírus é aprovada por mais de três quartos (76%) da população.
A popularidade do ministro aumentou quando Mandetta, que é médico e partidário do distanciamento social, tornou mais vincada a sua divergência com Bolsonaro, que critica o confinamento em massa.
Segundo o último relatório divulgado pelo Ministério da Saúde, a covid-19 provocou a morte de 431 pessoas no Brasil e há, pelo menos, 10.278 infetados no país.