O Ministério da Saúde argentino recomendou sexo virtual e lavagem de mãos e de brinquedos sexuais depois da masturbação.
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O Ministério da Saúde argentino recomendou sexo virtual e lavagem de mãos e de brinquedos sexuais depois da masturbação.
"Existem muitas aplicações online para conhecer pessoas, mas é preciso entender que o melhor é evitar encontros com pessoas com as que não convivemos. Para isso, há ferramentas disponíveis como videochamadas, sexo virtual e sexting [mensagens de teor sexual], que podem ser boas alternativas", indicou na sexta-feira o médico infetologista, José Barletta, do Departamento de Resposta ao VIH, ITS, Hepatite e Tuberculose do Ministério da Saúde do país das pampas.
"É mais importante do que nunca a lavagem de mãos depois das relações sexuais, depois da masturbação, ou depois do sexo virtual. É importante lavar e desinfetar teclados, telemóveis, brinquedos sexuais e qualquer outro objeto usado, mesmo que não tenha sido partilhado com outras pessoas", acrescentou.
A indicação fez parte do boletim diário emitido em rede nacional de televisão com autoridades sanitárias do Ministério da Saúde. Na mais recente conferência, o Ministério quis tirar as dúvidas sobre práticas sexuais em tempos de pandemia. "Nesta emissão, vamos falar sobre sexo seguro em tempos da covid-19, um assunto sobre o qual muitas pessoas não têm coragem de consultar", anunciou Carla Vizzotti, secretária de Acesso à Saúde, cargo equivalente ao de vice-ministra.
O médico José Barletta explicou que "existem poucas precisões sobre o que acontece com o sémen e outros tipos de secreções corporais".
"Há pouca informação disponível atualmente sobre se o vírus se elimina através do sémen e das secreções da vagina e do reto", disse Barletta, apontando ser "provável que o coronavírus seja transmitido através do sexo oral ou anal".
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Na capital Buenos Aires, a partir de segunda-feira, pessoas com mais de 70 anos deixam de poder ir ao supermercado, à farmácia, pagar contas ou passear o cão. Para tal, vão precisar de uma autorização diária, estando excluídas saídas para ir ao médico, à vacinação e a receber a reforma. A medida baseia-se na média de 71 anos de idade para os 122 falecidos da covid-19 na Argentina. Do total de 2,7 milhões de habitantes de Buenos Aires, 490 mil têm mais de 70 anos.
O governador da capital argentina, Horacio Rodríguez Larreta, argumentou que "a medida é dissuasiva e não procura proibir ninguém de exercer a sua liberdade, mas evitar que tenha de sair de casa". Os idosos que quiserem sair de casa deverão entrar em contacto com o governo citadino, que tentará solucionar o problema através do envio de voluntários para pagarem contas ou passearem cães.
Mesmo perante as críticas, o governo de Buenos Aires decidiu manter a medida, mas não vai multar as primeiras infrações de idosos. A reincidência, no entanto, poderá implicar horas de trabalho comunitário.