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Em dois anos, o jovem Diogo Salomão deu um salto meteórico da III Divisão para o Sporting, e uma semana de treinos à experiência em Alcochete bastou para convencer Paulo Sérgio e a SAD leonina a contratá-lo por quatro temporadas. O JOGO falou com os seus dois ex-treinadores - Filipe Ramos, no Real Sport, e José Viriato, no Casa Pia -, e ambos se congratulam com a ascensão do seu antigo pupilo, considerando que, para que se torne numa história de êxito, lhe falta apenas ter... oportunidades.
"As suas principais armas são a velocidade e a técnica individual. Gosta mais de assistir que de concretizar, até insistimos com ele na finalização, pois chuta bem, mas arrisca menos... Aprendeu também a defender o seu flanco e já está mais possante. Vai para cima do adversário com a bola colada ao pé, e só o travam com falta. Em contra-ataque, então, é terrível", observa José Viriato.
Filipe Ramos concorda: "Joga nos flancos, é um jogador explosivo, rápido e muito bom no um-para-um. Gosta de ir à linha de fundo e cruzar. Treina bem e tem muita vontade de aprender. Tem de evoluir tacticamente. É um salto grande, mas acho que está preparado. É uma questão de oportunidade. É desequilibrante, canhoto, mas sabe jogar com o pé direito."
Diogo Salomão cresceu a jogar no Estrela da Amadora e no Damaiense antes do Casa Pia e Real Massamá, e, segundo Filipe Ramos, há aspectos relacionados com a formação que podem e devem ser melhorados.
"Precisa de errar, de crescer e de saber dosear o esforço, perceber os tempos de jogo. São detalhes de não ter tido uma formação completa como nas camadas jovens do Sporting... Mas é forte fisicamente e movimenta-se bem", concluiu Filipe. Viriato acrescentou que o jogo aéreo também pode melhorar.