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Com uma equipa (Portugal) notoriamente ao ataque bem fechadinha lá atrás e outra (Espanha) manifestamente segura de si, desenrolou-se jogo de mediana dificuldade, permitindo ao árbitro desenvolver o seu labor sem percalços perturbadores. Uma ou outra picardia, uma ou outra falta indevidamente assinalada não mancharam a categoria ou foram suficientes para corroborar as dúvidas suscitadas pelo seleccionador português. Apesar de estilo de corrida pouco elegante, efectuou acompanhamento apropriado, mantendo-se sempre próximo da zona de acção intervindo, quando necessário, de forma esclarecida. Na vertente técnica, equivocou-se algumas vezes, sem danos colaterais ou objectivos, exceptuando quando, aos 85', na direita do ataque português, próximo da área contrária, Cristiano Ronaldo foi ostensivamente empurrado e nada foi assinalado. Disciplinarmente prolongou até ao limite a exigência de utilização dos cartões. Aos 38', Puyol cortou deliberadamente jogada prometedora derrubando Hugo Almeida. A falta foi assinalada, ficou por exibir cartão amarelo. A expulsão do jogador português por agressão a Capdevila, com cotovelada, não pode nem deve merecer contestação. No relacionamento demonstrado, foi coerente, cordato e sensato. Soube aproveitar a colaboração dos árbitros assistentes e mostrar-se dominador, não deixando que os acontecimentos o ultrapassassem.
Árbitro Hector Baldassi(Argentina)
Grau de dificuldade do jogo | mádio
Árbitros Assistentes Ricardo Casas e Hernan Maidana
Ao invés | Aos 12', Cristiano Ronaldo viu ser-lhe assinalado fora-de-jogo correctíssimo. Todas as demais acções foram adequadas e enquadradas no espírito do jogo. Utilizaram sinalética esclarecida, pronta e eficiente, prestando colaboração apropriada ao chefe de equipa. Ao invés dos receios apresentados pelo treinador português, mostraram-se, juntamente com o árbitro, defensores da verdade desportiva.