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A ténue hipótese que o Marítimo tinha de seguir em frente na Bwin Cup não serviu de mote para a equipa madeirense se transcender, mas, pelo menos, teve o aparente condão de a tornar mais audaz na busca da vitória. Ao invés, o Olhanense, conformado com o afastamento, somente na segunda parte, quando se viu em desvantagem, procurou manter a honra de ser a única formação da Liga sem derrotas caseiras nas provas domésticas. Sem efeito, no entanto.
Foi quase um jogo a feijões, assinale-se, sem desprimor para os homens em acção, que lá correram e suaram as camisolas. Mas quando falta a motivação sobra sempre espaço para um certo relaxamento, nada propício a espectáculos de encher um olho que fosse. Neste contexto, ambos os treinadores optaram por dar minutos a atletas menos utilizados e, inclusive, a mudar os sistemas. O 4x4x2 testado pelos algarvios, por exemplo, não passou no exame, já que a falta dos alas (Jorge Gonçalves entrou no segundo tempo e Paulo Sérgio nem no banco ficou) foi por demais sentida e os dois avançados (Yontcha e Adilson) também não se entenderam.
O Marítimo, sem Baba nem Djalma e com Kléber no banco, entrou mais afoito e teve duas ocasiões de inaugurar o marcador. Com Roberto Sousa e Tchô impedindo a progressão adversária pelo centro do terreno e, ao mesmo tempo, lançando os companheiros da frente, acabou por ser nas rápidas saídas para o ataque que os madeirenses marcaram. Às alterações de Faquirá - tentou dar mais amplitude ofensiva - respondeu Pedro Martins com a entrada de homens vocacionados para ter a bola nos pés, apostado em manter a escassa vantagem. As tentativas dos locais, aliás, esbarraram sempre na colocação de Robson e na segurança de Marcelo.