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Mesmo com a presença de Benfica e Sporting nas meias-finais da Taça da Liga, é garantido que haverá uma final inédita, isto porque os dois grandes de Lisboa se vão cruzar já na próxima fase da prova. Só um deles seguirá para o Estádio Cidade de Coimbra, palco que recebe o jogo decisivo desta época, depois de três anos no Algarve.
E será uma final inédita porque o FC Porto não conseguiu o apuramento para as meias-finais, o que acontece pela primeira vez desde que a Liga de Clubes instituiu o actual sistema para se chegar à final - na primeira edição, em 2007/08, apuravam-se os dois finalistas depois de ultrapassada a fase de grupos -, mas também porque nesta fase adiantada da prova surgem, sensacionalmente, o Nacional e o Paços de Ferreira, duas equipas que nunca tinham chegado tão longe. E conseguiram-no com muito mérito: os madeirenses venceram os três jogos num grupo onde estavam os dragões, líderes destacados do campeonato, enquanto os pacenses ficaram à frente do Braga e do Guimarães, os grandes favoritos do grupo. Curiosamente, os bracarenses precisavam da ajuda do eterno rival do Minho, mas tal não aconteceu; saem, contudo, com dignidade da prova depois da goleada em Arouca, num jogo em que Domingos Paciência lançou algumas bases para o futuro imediato.
Tal como o Braga e o Guimarães, o FC Porto não conseguiu a qualificação, falhando pela primeira vez, de resto, o acesso às meias-finais. Já Benfica e Sporting conseguem o pleno. A equipa treinada por Jorge Jesus tenta revalidar o título, tendo para já um percurso imaculado, com três vitórias noutros tantos jogos. Falta é apurar se o treinador do Benfica festejou o golo de ontem de Nuno Gomes, o avançado proscrito, mas que leva dois golos em escassos 56 minutos em todos os jogos e em todas as competições ao longo da presente temporada.
Festa foi algo que o Sporting fez timidamente: conseguiu novo apuramento para as meias-finais, mas terminou esta fase da prova com uma derrota no terreno do Estoril.