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O factor casa foi novamente decisivo na final do play-off da Liga Portuguesa. O Benfica aproveitou de novo o facto de jogar perante o seu público para voltar a empatar a eliminatória (3-3), deixando todas as decisões para a próxima quinta-feira, no Dragão Caixa (21h00). E nesse dia, o vencedor do derradeiro confronto da época será mesmo campeão nacional. Desde 2007/08 que o campeonato não era decidido num sétimo encontro e, nessa altura, a Ovarense venceu o FC Porto na negra.
Ao contrário do que aconteceu no futebol, as águias não deixaram o rival festejar um título em sua casa, num jogo de menor qualidade, mas que teve emoção e incerteza até os últimos segundos e ainda algumas decisões polémicas da equipa de arbitragem. No final, Moncho López referiu que a sorte é determinante nestes desafios equilibrados, e essa esteve do lado do Benfica. Uma felicidade, porém, procurada pelos encarnados, sobretudo após o intervalo.
Os portistas estiveram em vantagem quase todo o encontro - chegaram a ter uma margem de dez pontos - e pareciam ter o desfecho controlado no primeiro tempo, com a defesa à zona a funcionar na perfeição, impedindo o adversário de encestar.
Tudo mudou após o descanso graças a um público que sempre acreditou na reviravolta - estiveram cerca de duas mil pessoas no Pavilhão da Luz - e a um inconformado Ben Reed. O extremo puxou pelos colegas, marcou os cestos mais importantes e ganhou os lances livres que decidiram o jogo.
Quando o último período começou, a diferença era de apenas de um ponto, favorável aos portistas, e, nos últimos três minutos, o marcador esteve empatado durante várias vezes, chegando a antever-se um prolongamento. Foi aí que começou um duelo entre dois norte-americanos, Ben Reed e Gregory Stempin. O portista, com 23 pontos, foi o melhor marcador, mas quando o cronómetro chegou ao fim, quem sorriu foi o seu compatriota benfiquista.