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>Como jogou a Espanha
David Villa é mesmo uma maravilha
Com o meio-campo copiado do Barcelona a revelar-se sempre consistente, como um relógio suíço, mas também como um ateliê de arte, a Espanha insistiu até conseguir marcar pelo inevitável Villa. Depois, a equipa de "nuestros hermanos" fechou-se em copas, segurando habilmente a vantagem, sempre em alerta para evitar que Portugal reagisse.
Defesa | Sergio Ramos foi um dos mais empreendedores, fechando bem o corredor e subindo com frequência, bem mais do que Capdevila. Ambos, porém, secaram Ronaldo. Ao meio, Piqué e Puyol preferiram sempre a eficácia à estética e só deixaram escapar Hugo Almeida um par de vezes. Quanto ao guarda-redes Casillas, foi... igual a si próprio no pouco que teve de fazer.
Meio-campo | O miolo espanhol, que é a base da equipa, não falhou. Busquets foi o primeiro garante dessa consistência e Xabi Alonso o segundo (embora este tenha sido também particularmente duro). Xavi e Iniesta, colegas no Barcelona, jogam de olhos fechados e fizeram o resto, o que se reflectiu em particular na gestão da vantagem que garantiria o apuramento.
Ataque | Com Fernando Torres (depois Llorente) mais fixo, como referência na área, de onde só saiu para cair na direita, foi Villa quem, da esquerda para o meio, em movimentos desconcertantes, pôs a defesa portuguesa em apuros. E acabaria por ser ele a resolver apontando o único golo do jogo. O avançado, que se distinguiu no Valência e que entretanto já assinou pelo Barcelona, é mesmo uma maravilha.