Dragões recuperaram alento do desaire com o Sporting e da lesão grave de Diogo Rêma vencendo fora por 27-45, na ronda 16 do campeonato de andebol
O FC Gaia, que embora a travar uma dura luta para fugir à descida vinha de empates com Benfica e ABC, não foi obstáculo para o FC Porto, que esqueceu as mágoas da derrota caseira com o Sporting e da lesão grave de Diogo Rêma vencendo de forma clara no pavilhão do vizinho da outra margem. Ficando com o jogo controlado a partir dos 25 minutos, os dragões fecharam as contas nos 27-45 e superaram pela nona vez os 40 golos marcados.
Os gaienses foram arrojados na defesa - entraram com 5x1 e chegaram a jogar em 3x2x1 -, mas isso pouca influência teve no jogo, valendo-lhes apenas o equilíbrio inicial. A chave da partida, e do desequilíbrio, esteve do outro lado, no muro portista, que não só evitou remates como recuperou bolas, originando um festival de ataques rápidos e contra-ataques, para alegria dos pontas ZéLu (7 golos), Pedro Oliveira (6), Leonel Fernandes (6) e Mamadou Diocou (5). Antonio Martínez ficou de fora por opção.
Com o jogo decidido e uma pesada lista de lesionados - Rêma juntou-se a Gunnarsson, Linus Persson e Miguel Oliveira -, Magnus Andersson não só utilizou Bernardo Sousa, vindo de três jogos seguidos por "B" e Sub-20, como fechou a partida utilizando um "sete" que fez sombra à famosa juventude do plantel gaiense: com Leonel Fernandes (27 anos) como mais velho e o central Henrique Magalhães (18) a "benjamim", mais Hurtado (23), ZéLu (20), Lafontán (20), Diocou (23) e Bernardo Sousa (19) na baliza, a média de idades dos portistas era de 21,7 anos.
Rêma pode ter acabado a época
A lesão de Diogo Rêma frente ao Sporting foi realmente grave. O guardião de 21 anos sofreu uma rotura no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, ainda por confirmar pelo FC Porto, e terá uma paragem mínima de seis meses, perdendo a restante época.
Os portistas, contando com Sebastian Abrahamsson e tendo Bernardo Sousa a finalizar a fase de formação, têm de decidir se vão ao mercado. Já a Seleção Nacional, com o Europeu'2026 à porta, terá de chamar Diogo Valério, Miguel Espinha ou Pedro Tonicher, trio que está na pré-convocatória, para juntar a Gustavo Capdeville.