Após um início de liga periclitante, avenses procuram ganhar conforto em trajetos como o do Rio Ave, em 1996/97, que se salvou contra todas as expectativas
O Aves SAD continua resiliente na luta pela permanência, apesar do periclitante início de campeonato, consubstanciado na conquista de apenas três pontos em 36 possíveis, e sem qualquer vitória festejada. Os avenses estão a seis pontos da zona de permanência, o que significa que a tarefa não será fácil, mas também não é impossível. O Rio Ave, curiosamente o próximo adversário, até pode servir de inspiração pelo que fez na época 1996/97. Na altura, Henrique Calisto foi rendido, à 12.ª jornada, pelo adjunto Carlos Brito, com a equipa no último lugar, só com dois pontos somados e já a dez da zona de salvação. Acabaria por somar mais 33 e garantir a permanência.
"Um conjunto de circunstâncias esteve na origem desse sucesso, designadamente a qualidade do grupo. A descida foi praticamente assumida, e saíram jogadores importantes: Marco Aurélio, Gamboa e Fernando. Isso foi uma oportunidade para outros, que estavam a jogar pouco, ou até sem jogar. Por outro lado, a pressão aliviou, fomos ganhando jogos, confiança e gerou-se uma onda de entusiasmo. O país inteiro torcia pelo Rio Ave. O Calisto é um treinador competente e a equipa jogava bem, mas não ganhava", lembrou Brito.
Porém, nem todos os que começaram mal terminaram bem. Em 2022/23, o Paços de Ferreira chegou à 12.ª jornada também com dois pontos, então a sete da linha de água, e desceu mesmo.
Fábio Torres no scouting
Fábio Torres é novo responsável pelo departamento de scouting do Aves SAD. A contratação, agora oficializada, insere-se na reestruturação que está ser levada a cabo no clube avense. Fábio Torres passou antes pelo Torreense, S. João de Ver e U. Craiova, da Roménia. David Costa e João Sousa, os dois anteriores elementos que faziam parte do scout avense, cessaram recentemente funções.