FC Porto

Prpic, a pergunta sobre Ivic e o contrato: "Fiquei surpreendido quando soube da cláusula"

Prpic Miguel Pereira

Em entrevista à imprensa croata, Prpic fala ainda de aprender português e do lance com Arnautovic

As pessoas no FC Porto ainda se lembram de Ivic? "Como não?! Há pouco tempo, o nosso treinador Francesco Farioli organizou uma visita ao museu do clube, no estádio. Quis ele próprio, mas também todos nós que não crescemos na academia do Porto, conhecer a rica história do clube. E aí perguntaram-me por Tomislav Ivic. Claro que sabia quem era e que deixou uma marca muito forte tanto no Hajduk como no FC Porto."

No clube insistem no estudo da língua portuguesa? "Não, ninguém insistiu, mas inscrevi-me num curso logo que cheguei. Já aprendi os termos futebolísticos, consigo pedir comida num restaurante e comunicar na rua... Acho que aprender a língua é útil, mas também mostra respeito pelo meio em que passaste a viver."

Um contrato de cinco anos e uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros: "É verdade, fiquei surpreendido quando soube da cláusula, mas ela encaixa-se na forma como o clube me vê e no plano que me apresentaram. Para já, tudo está a correr bem. Tenho uma relação muito boa com o treinador, com o presidente e com todos no clube; são acessíveis, simpáticos, ajudam-me, e só tenho palavras de apreço."

Diz-se que a camisola do Hajduk é pesada. E a do FC Porto? "Diria que é muito semelhante, embora até agora não tenha sentido pressão, porque ainda não perdemos nenhum jogo no campeonato, apenas na Liga Europa, e as reações não foram negativas. Pelo que ouvi dos colegas mais experientes, já houve momentos de maior pressão em épocas anteriores quando os resultados não apareciam, mas por agora está tudo ótimo. O espírito é parecido: as pessoas vivem o futebol, toda a cidade respira o clube."

Ficou especialmente marcado na partida contra o Estrela Vermelha, quando o Arnautovic lhe abriu o sobrolho, e o clube publicou nas redes sociais: "Chegou a escrever-se que ele me atingiu de propósito, mas não foi. Depois do jogo, estendeu-me a mão e disse que tinha sido acidental. Somos ambos combativos e fazemos tudo em campo para vencer, mas, quando o jogo acaba, fica tudo para trás."

Redação O JOGO