FC Porto

João Mário sofre recaída, enfrenta nova paragem e abre as portas a Manafá

. Gerardo Santos / Global Imagen

No clássico da Luz, o lateral-direito agudizou a entorse no joelho direito e enfrenta nova paragem de duas a três semanas

João Mário sofreu uma recaída da lesão anterior e vai enfrentar uma nova paragem que, ao que O JOGO apurou, será de duas a três semanas. O lateral voltou à competição no clássico com o Benfica - como suplente utilizado -, mas só aguentou 15 minutos em campo, saindo com muitas queixas no joelho direito.

"Não está bonzinho, está mais ou menos", afirmou Sérgio Conceição na conferência de imprensa no estádio da Luz. Na terça-feira, dia de regresso do plantel azul e branco aos treinos, o defesa foi reavaliado pelo departamento médico e os exames afastaram o cenário de uma lesão grave - o que chegou a temer-se - , mas confirmaram que o problema anterior se agudizou um pouco. O regresso aos relvados está, naturalmente, dependente da forma como a situação evoluir, em todo o caso dificilmente será inferior a 15 dias. Recorde-se que quando se lesionou, frente ao Estoril no início de março, esteve um mês de baixa.

O resto da temporada não estará em causa, apesar da recaída, mas é certo que João Mário não estará disponível para a receção ao Santa Clara, no sábado (20h30), nem para a deslocação a Paços de Ferreira na jornada seguinte do campeonato (dia 22, às 20h30). Na agenda portista segue-se a primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal (26 de abril) e, não sendo impossível, ainda será difícil ter o lateral disponível a cem por cento. A presença no dérbi da Invicta, que se disputa quatro dias depois, já será mais realista.

Uma segunda vida para Manafá

Ora, a ausência de João Mário faz aumentar exponencialmente as hipóteses de Manafá ser titular pela terceira vez consecutiva, algo que não acontece há quase dois anos. Aliás, foi em maio de 2021, nos últimos jogos dessa temporada, que teve a melhor sequência no onze. Na época seguinte, alternou a presença no onze com João Mário até que sofreu a rotura do tendão rotuliano que o afastaria dos relvados durante mais de um ano.

Manafá está, agora, a viver uma espécie de segunda vida no Dragão, depois de ter sido aposta surpresa na receção ao Portimonense e de ter repetido o estatuto no clássico da Luz, onde "aguentou" 56 minutos a um bom nível, dando garantias ao treinador de que pode manter-se nas escolhas. Isto numa altura em que está a pouco tempo de terminar contrato. A SAD já lhe apresentou uma proposta, mas que não foi de encontro às pretensões do lateral, que considera merecer um esforço financeiro superior. A saída a custo zero em junho é um cenário que ganha força e o mercado árabe é uma das possibilidades depois de ter mudado de empresário.

Carlos Gouveia